Coração de torcedor: duas pessoas morrem em decorrência da final da Libertadores

(Foto: Reprodução)
(Foto: Reprodução)


Dois flamenguistas não suportaram a emoção da virada épica do time na final da Libertadores da América e acabaram morrendo após problemas cardiovasculares. O Rubro-Negro carioca demorou 38 anos para erguer a taça novamente e perdia o confronto contra o River Plate até os minutos finais do embate. No entanto, o atacante Gabriel aproveitou as chances que teve, empatou e virou a partida .

O cardiologista José Francisco Kerr Saraiva, presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), alerta que grandes decisões esportivas exigem muito do sistema cardiovascular. Quando há algum problema pré-existente, a situação pode agravar-se. “Nesses momentos, é preciso tentar manter a calma e o controle, porque ganhar ou perder faz parte do jogo”, afirma.

Os casos foram registrados em Mato Grosso e Ceará. Em ambos, de acordo com informações das famílias, a morte ocorreu subitamente. “Indivíduos que já têm um problema cardíaco e passam por grande emoção podem ter infarto fulminante”, diz Dr. Saraiva. Segundo ele, o check-up é a principal maneira de evitar problemas mais graves em cardiopatas. “Eventos esportivos são considerados ‘gatilhos’ para algumas ocorrências cardiovasculares, como infarto e Acidente Vascular Cerebral [AVC]. Prevenir é o melhor remédio para escapar desses episódios”, afirma o cardiologista.

A doença cardíaca tem como causas fatores genéticos e, independentemente destes, o estresse, obesidade, hipertensão, tabagismo, sedentarismo, diabetes, colesterol, triglicérides, maus hábitos alimentares e consumo excessivo de álcool. “Todos esses fatores geram riscos de problemas cardiovasculares”. Por isso, campeão ou vice, é essencial manter a calma e ter em mente que, com o coração saudável, é possível ver seu time decidir mais campeonatos daqui para frente.

Comentários