Dedé dá versão sobre episódio que culminou com a demissão de Rogério Ceni no Cruzeiro

(Foto: Reprodução)


O zagueiro Dedé, do Cruzeiro, se pronunciou nesta sexta-feira na Toca da Raposa para dar sua versão sobre o ocorrido no vestiário do Castelão, na última quarta-feira, após o empate em 0 a 0 com o Ceará. No pronunciamento, Dedé negou qualquer desentendimento com o então técnico do Cruzeiro, Rogério Ceni, demitido um dia após o episódio no vestiário. Em alguns momentos, Dedé pareceu se emocionar.

Dedé afirmou ter pedido a palavra com a intenção de ajudar Rogério Ceni diante do momento delicado do Cruzeiro, que luta para deixar a zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. O zagueiro disse não ter feito nenhuma cobrança ou crítica ao técnico.

Segundo Dedé, ele se dirigiu a Rogério Ceni e disse:

Dedé afirmou que também procurou Thiago Neves e cobrou mais profissionalismo do meia.

– Fui no Thiago e falei: “Thiago, precisamos também de um pouco mais de profissionalismo seu, que você se dedique mais para gente”.

Por fim, Dedé relatou que Rogério Ceni deu as costas para ele e deixou o vestiário.

– Por mais que ele tenha virado as costas para mim, não tenho nada contra ele.

– Estou vendo muitas notícias se referindo ao meu nome e até ao que aconteceu com o treinador Rogério Ceni, e isso tem mexido muito comigo. Muitos sabem do meu caráter, da minha índole, do meu profissionalismo e da minha vontade de ajudar o Cruzeiro, independente de fase ruim ou fase boa. Muitos colocaram um Dedé diferente do que realmente sou e, por isso, pedi esse pronunciamento para explicar de fato o que aconteceu.

– Não vi a fonte, mas vi pelo que pessoas da imprensa postaram e, de fato, foi aquilo que aconteceu. Eu para ajudar o Rogério Ceni, com a situação real que estamos vivendo, mas principalmente para defender o clube. Da mesma forma que no jogo contra o Avaí cheguei em uma entrevista que falei do David, do quanto precisávamos dele, que ele era um jogador muito importante, com características diferentes de muitos aqui no futebol brasileiro. Um cara alto, rápido, forte e habilidoso. E, depois da partida contra o Ceará, tocou no meu coração e com toda minha simplicidade, pedi a voz para falar no vestiário, cheguei no Rogério e, em momento algum, eu cobrei, eu critiquei. Jamais fiz isso. Apenas pedi, na forma de perguntar, para o Ceni, que nosso grupo precisaria de todos os jogadores do elenco.

– Naquele momento, difícil para a gente, eu falei que o Thiago Neves, o Sassá e o Edilson, que são jogadores importantes para a gente, não fossem deixados de lado, pois são jogadores decisivos, tiveram uma história importante no clube e que os quatro (Thiago, Edilson, Sassá e Rogério) não precisariam ser amigos, apenas que fossem profissionais em prol do Cruzeiro, respeitassem um ao outro, no pedido de jogador para treinador. Da mesma forma que cheguei e falei isso para o Rogério, fui no Thiago e falei: “Thiago, precisamos também de um pouco mais de profissionalismo seu, que você se dedique mais para gente”. E, nisso que estava falando com o Thiago, o Rogério saiu. Por mais que ele tenha virado as costas para mim, não tenho nada contra ele (Rogério). Sempre me dediquei ao máximo nesse momento que estava machucado. Sempre fiz de tudo para voltar, não quero me fazer de vítima, mas foi de fato o que aconteceu. Fiz tudo pensando 100% no Cruzeiro, pois precisamos de todos nesse momento, inclusive do torcedor.

– Então, não pedi e nem cobrei para o Rogério colocar o Thiago, como está saindo na mídia, pelo contrário, cobrei ele (Thiago) profissionalismo para que ele rendesse para gente. Cobrei ele na frente do grupo da mesma forma que cobro nos bastidores e, neste momento, o Thiago balançava a cabeça positivamente, concordando com o que eu dizia. Neste momento, o Rogério saiu. Ele podia chegar e me dizer que queria fazer diferente. Iria aceitar normalmente, mas ele deixou a sala e o grupo acabou sentindo. Nunca tentaria atrapalhar a vida de nenhum treinador. Todos aqui sabem do meu caráter, minha forma de trabalhar, minha dedicação em campo, meu jeito de ser e eu vou continuar assim. Torcedor pode até achar que estou querendo fazer média, mas já estou aqui há sete anos e jamais coloquei pilha errada para torcida adversária, para que me julgassem da forma que estão julgando. Portanto, esse pronunciamento, eu pedi em forma de defesa, pois minha preocupação é sim com o torcedor do Cruzeiro, porque tem muito orgulho no que eu faço e o torcedor tem acreditado muito no que estão falando.

Globo Esporte

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