Daniel Dias garante a prata nos 100m livre S5 e faz história com 40 medalhas em mundiais

(Foto: Ale Cabral / CPB)


Daniel Dias fez história no Mundial de Natação Paralímpica de Londres. Neste domingo, último dia de provas, o brasileiro conquistou sua 40ª medalha em mundiais ao nadar para 1m09s02 e garantir a prata nos 100m livre (S5). Foi a quarta medalha do multicampeão na competição disputada na capital da Inglaterra. Ele já havia faturado um ouro e dois bronzes.

- Foi excelente. Uma prova super disputada. Mas vou treinar para poder chegar na Olimpíada de Tóquio e baixar ainda maio essa marca. Quero nadar para 1m08s. Dá para chegar - garantiu Daniel Dias, que perdeu para o italiano Francesco Bocciardo, com o tempo de 1m07s76.

O Brasil se despediu da competição com 17 medalhas, sendo 5 de ouro, 6 de prata e 6 de bronze. O time nacional ficou em 11º lugar no quadro geral de medalhas. O Mundial de Natação Paralímpica, que teve início na segunda-feira (9), contou com a participação de 27 brasileiros entre os mais de 650 atletas de 81 países.

Reverência ao campeão e ídolo

O primeiro brasileiro a cair na água foi Carlos Farrenberg. Na prova dos 50m livre para deficientes visuais (S13), ele fez 24s57 e conseguiu seu melhor tempo na temporada. A marca, no entanto, não foi suficiente para uma medalha. O brasileiro ficou em quinto lugar. O campeão foi o bielorusso Ihar Boki, com 23s30. O nadador ficou a 10 centésimos do recorde mundial, que pertence a ele mesmo. Completaram o pódio o ucraniano Kyrylo Garashchenko e Muzaffar Tursunkhujaev, do Uzbequistão.

- Eu tenho que treinar muito para vencer esse fenômeno da natação paralímpica. Dividir a piscina com ele já é uma honra - disse Carlão, com o Ihar Boki ao seu lado.

Nova marca mundial na categoria S9

Também nos 50m livre, mas na categoria S9, Ruiter Silva ficou na sexta colocação, com o tempo de 26s15. O brasileiro conseguiu uma boa largada, mas logo viu os adversários tomarem a frente. O italiano Simone Barlaam foi o primeiro a bater na borda da piscina. Ele nadou para 24s cravado e conquistou o novo recorde mundial, que era de 24s39 e pertencia a ele mesmo. O russo Denis Tarasov e o italiano Simone Ciulli ficaram com a medalha de prata e bronze, respectivamente.

Melhor marca pessoal mesmo com tontura

Wendell Pereira e Matheus Rheine ficaram fora do pódio. Nos 400m livre para deficientes visuais (S11), os nadadores terminaram na quarta e quinta colocações. Wendell nadou para 4m53s82 e conquistou sua melhor marca pessoal. Após a prova, ele confessou à reportagem do SporTV ter passado mal pela manhã e contou que ficou tonto durante a performance dos 400m. Atual campeão brasileiro, Matheus fez o tempo de 4m54s34. A medalha de ouro ficou com o holandês Rogier Dorsman, que não tomou conhecimento dos adversários e cravou 4m28s64.

Medalha de bronze para Edênia Garcia

Joana Neves fez uma prova disputada. Brigou até o fim com as primeiras colocadas, mas terminou a prova dos 100m livre (S5) na sexta colocação. A brasileira garantiu o tempo de 1m24s78. O pódio foi composto pela britânica Tully Kearney (1m17s83), a italiana Arianna Talamona (1m22s48) e a também britânica Suzanna Hext (1m22s80).

Na categoria S3, Edênia Garcia conquistou a medalha de bronze nos 100m livre. A brasileira nadou para 2m06s02, seguida pela compatriota Maiara Barreto. Ela fez o tempo de 2m12s55. A campeã da prova foi a americana Leanne Smith. Única nadadora a largar do bloco de provas, ela conseguiu a marca de 1m36s49. A mexicana Patricia Valle completou o pódio, com 2m03s18.

- Fui para a prova tranquila, pensando que o que viesse era lucro. Eu estava balizada com o segundo tempo e minha intenção era melhorar a marca, mas eu senti a recuperação da eliminatória para a final. A idade vai chegando né... (risos). Mas essa prova de 100m livre é um teste para Tóquio. A disputa lá esta aberta. Estou feliz encerrando a competição em Londres - disse Edênia.

Globo Esporte

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