Seleção feminina vence 3ª seguida no handebol e deve pegar EUA, seu último algoz, na semifinal

(Foto: Marcel Merguizo)


20 de março de 1995. Neste dia aconteceu a última derrota da seleção feminina de handebol do Brasil em um Pan. Nos Jogos de Mar del Plata, há 24 anos, as brasileiras perderam para as americanas ainda na primeira fase por 29 a 26. Na próxima segunda-feira, Brasil e Estados Unidos devem se reencontrar em um Pan, desta vez em Lima. Mas em situações muito diferentes.

Depois daquela derrota e do bronze em 95, a seleção brasileira tornou-se hegemônica no continente e uma potência mundial. Houve, sim, um empate (22 a 22, o único da série invicta) em 1999, com as americanas, mas o Brasil acabou campeão. Depois, encontros em 2003 e 2011, ambos com vitórias tranquilas das brasileiras.

- Acredito que o estilo de jogo dos Estados Unidos não é parecido nem com o de Cuba nem com o de Porto Rico. A gente vai ter que ter um pouco mais continuidade, mais paciência na defesa. Mas acredito que se a gente jogar bem concentrada, a gente vai conseguir passar dessa semifinal. A gente foca em fazer um bom jogo, e acho que a gente vai passar. A gente quer chegar nas finais e conquistar essa vaga, então temos que continuar jogando bem - disse Duda.

Neste sábado, em Lima, contra Porto Rico, o Brasil ganhou por 40 a 16 e chegou a 34 partidas sem perder nos Jogos, sendo 29 vitórias seguidas na competição continental. Neste Pan, a Seleção segue invicta, com três vitórias (Cuba, Canadá e, claro, Porto Rico). As americanas ficaram em segundo do outro grupo após perderem para a seleção da Argentina. E agora os EUA devem encarar as brasileiras na semi (a confirmação acontece ainda na noite deste sábado, em Lima).

"Eu nunca penso na quantidade de gols, o importante é a equipe jogar bem e sobrar bolas em todos os lados. Também gosto de passar a bola. A gente jogou bem melhor, entramos concentradas na defesa e no ataque. Estou muito satisfeita com o desempenho da nossa equipe hoje" (Ana Paula).

Na partida que encerrou a primeira fase no grupo do Brasil, as atuais pentacampeãs fizeram um jogo equilibrado na defesa e no ataque. Única tricampeã desse elenco que está na capital peruana, a armadora Doenise voltou ao time titular após ser poupada contra as canadenses - ela sofreu uma pancada no nariz diante das cubanas e foi preservada pelo técnico espanhol Jorge Dueñas.

O destaque do jogo contra as porto-riquenhas foi a armadora central Ana Paula, que marcou sete gols. Mas o time todo esteve bem, com boas atuações de Tamires e Adriana (que perdeu um gol sem goleira, mas aparentemente por pura desconcentração em um jogo bastante tranquilo para as brasileiras). Quem também fez gol foi a goleira Babi, o primeiro dela neste Pan.

Agora são os EUA novamente no caminho do Brasil. Pode-se lembrar da última derrota brasileira, em 1995. Contudo, a recordação do último confronto em um Pan, em 2011, é de vitória das brasileiras por 50 a 10. O que elas mais desejam é que a última lembrança é a que fique... de inspiração.

Globo Esporte

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