(Foto: Reprodução) |
A defensoria pública do Estado de São Paulo processou o ex-conselheiro do Santos Adilson Durante Filho por declarações com teor racista em um áudio que circulou em aplicativos de mensagens. O órgão pede indenização de R$ 100 mil, revertidos a ações de combate ao racismo.
No áudio, Durante Filho afirma que é preciso "desconfiar" de pardos. "São todos mau caráter", diz ele, que admitiu ser o responsável pelas palavras, “de alguns anos atrás”.
– Sempre que tiver um pardo, o pardo o que que é, não é aquele negão, também não é o branquinho. É o moreninho, da cor dele. Desses caras, tem que desconfiar de todos. Todos que tu conhecer. Essa cor é uma mistura de uma raça que não tem caráter. É verdade, isso é estudo. Todo pardo, todo mulato, tu tem que tomar cuidado. Não mulato tipo o Pedro, o Pedro é tipo índio, tipo chileno, essas porras. Estou dizendo mulato brasileiro, entendeu, dos pardos brasileiros. São todos mau caráter. Não tem um que não seja – afirma ele na mensagem.
O caso gerou repercussão e levou à exoneração de Durante Filho, que ocupava cargo de secretário-adjunto da Secretaria de Turismo de Santos. Ele também renunciou ao posto de conselheiro do Santos.
Em nota, Durante Filho afirmou que "jamais teve a intenção de atingir quem quer que seja". Veja o comunicado:
"Com relação a um antigo áudio de alguns anos atrás que circula nas mídias sociais, de minha autoria, gostaria de expor que, em um momento de infelicidade e levado pela emoção, em decorrência de um fato que muito me abalou, acabei me expressando de forma absolutamente diversa das minhas crenças e modo de agir. Jamais tive a intenção de atingir quem quer que seja, até porque assim me manifestei em um pequeno grupo de supostos amigos de WhatsApp. Consigno que não tenho qualquer preconceito em razão de cor, raça ou credo, pois minha criação não me permitiria ser diferente. Peço, humildemente, desculpas a todos que se sentiram ofendidos, e expresso, por meio deste comunicado, meu mais profundo arrependimento quanto às palavras genericamente proferidas".
A ação foi distribuída para a 5ª Vara Cível de Santos, e Durante Filho ainda não foi notificado.
Globo Esporte
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