Saída do Brasileirão feminino coloca em xeque o masculino do Sport

(Foto: Anderson Freire/Sport Club do Recife)


A desistência de disputar o Campeonato Brasileiro de futebol feminino coloca o Sport em situação delicada diante a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Isso porque, de acordo com o supervisor de futebol feminino da entidade, Romeu Castro, a possível sanção, imposta pela retirada da competição sem aviso prévio, leva o clube, e não só o futebol feminino, ao julgamento do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, por infringir o Art. 22 da competição, que culminaria na pena prevista no Art. 61 do Regulamento Geral das Competições: se uma equipe abandonar um competições ficará automaticamente suspensa durante 2 (dois) anos de qualquer outra competição coordenada pela CBF.

- O Regulamento Geral das Competições é claro: o clube e não só o futebol feminino é passível de punição. Se punido, o clube é afastado por dois anos. Não é algo restrito ao futebol feminino. O Sport teve até o dia 22 de fevereiro para notificarmos, não o fez. Ainda não recebemos o oficio da desistência e caso isso não aconteça nós teremos que manter toda a estrutura para o jogo, como comunicar o adversário, mandar equipe de arbitragem. Caso realmente se confirme, o clube será julgado e pode ser punido de forma geral.

Romeu Castro disse, no entanto, que caberá ao STF definir a gravidade a eventual punição. Procurado, o diretor de futebol do Sport, Nelo Campo, disse que o Sport determinou um representante para cuidar do caso junto a CBF e que o presidente do clube, Milton Bivar, irá até a sede da entidade, nos próximos dias, para tentar solucionar o problema.

- Estamos com um representante na Federação vendo isso. Nosso presidente estará amanhã (quarta-feira) na CBF. Falará sobre outros assunto e, com certeza, esse também.

Regulamento do Brasileirão masculino prevê obrigatoriedade de futebol feminino para clubes das Séries A e B em 2020.

A Confederação Brasileira de Futebol exige que, entre as 34 medidas adotadas para melhorar as práticas de gestão do esporte no país, os clubes sejam obrigados a manter uma "equipe principal feminina (com a disputa de torneios oficiais), uma equipe de base e treinador da equipe feminina (com a Licença A feminina)". Em 2019, no entanto, a medida vale para clubes da Série A. O plano é que os das séries B, C e D precisem se enquadrar nas exigências nos anos de 2020, 2021 e 2022 respectivamente.

Globo Esporte

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