(Foto: Caio Blois/GloboEsporte.com) |
A terça-feira, dia 19 de fevereiro de 2019, entrará para a história do Fluminense como o dia em que os jogadores fizeram uma paralisação por conta de salários atrasados. Após o grupo se recusar a ir a campo, Paulo Angioni, diretor executivo de futebol, se pronunciou em entrevista coletiva.
O dirigente confirmou o protesto e as pendências financeiras. A atividade desta manhã seria a primeira após a perda do título da Taça Guanabara para o Vasco - a segunda-feira foi de folga. Os atletas, então, trabalharam apenas na academia.
- Tivemos uma situação desagradável e não houve treinamento por insatisfação dos jogadores por algumas situações que não foram cumpridas. A gente compreende, entende e foi por isso não houve a realização do treino. O Fluminense tem uma pendência com 13º (de 2018), salário de janeiro e duas premiações. A mais recente é a Copa do Brasil. Além de algumas imagens - disse o dirigente tricolor.
No último 13 de fevereiro, a direção tricolor pagou o mês referente a dezembro de 2018. A folha salarial do futebol é de aproximadamente R$ 4 milhões. Abaixo, o que ainda é devido:
De acordo com o pronunciamento de Paulo Angioni, os jogadores vão treinar normalmente na quarta-feira. Ele revelou ter sido comunicado da decisão:
- É a posição do grupo. Não é de uma pessoa, uma liderança ou duas. Eles fizeram o que é feito normalmente antes do treinamento. O que não aconteceu foi a ida ao campo. Apenas me comunicaram. Acompanho o dia a dia e sei das pendências. Imagino que o embasamento deles é naquilo que é devido. Eles tentam encontrar uma solução e querem que a direção entenda que precisa solucionar a situação.
Angioni ainda revelou não ter prazo para a regularização dos vencimentos.
- Ainda não temos essa solução e estamos buscando. A ação dos jogadores foi apenas hoje, não quer dizer que não vão treinar mais. Amanhã, estão aqui normalmente. A gente fica triste, mas compreende em função do que temos de pendência com eles. Não fizemos promessa. Se não temos certeza que podemos realizar, não podemos fazer. Eu não fiz, pelo menos.
Conforme a manifestação do diretor executivo de futebol, o atraso é generalizado. Tanto para jogadores novos quanto para mais antigos no elenco.
- Não houve pedido de prazo, foi apenas uma forma de manifestar a insatisfação com o que está acontecendo. Foi muito bem ordenado e educado. Há um mix de situações. Os jogadores que chegaram agora só têm o mês de janeiro. Os que estão desde o ano passado ainda têm 13º e direitos de imagem atrasados. No momento em que você faz um movimento desses, é porque há uma unidade. Se fosse desordenado, um ou outro vazaria. Foi uma decisão que eles tomaram em conjunto.
Globo Esporte
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