(Foto: Paulo Pinto/Perspectiva) |
Por Redação Blog do Esporte
Um levantamento divulgado pelo jornal Folha de S.Paulo mostra um investimento baixo dos clubes brasileiros nas categorias de base. Equipes como Corinthians e Palmeiras usam em média 10 jogadores por temporada no elenco profissional. O líder deste ranking é o Grêmio, que utiliza 23,8 de atletas por temporada.
O jornal cruzou as informações dos clubes com dados dos sites O Gol e Wyscout para chegar ao resultado. Mesmo com o investimento baixo nas últimas temporadas, o Palmeiras vem em um crescente na base. Em 2018, o time sub-20 conquistou o Brasileiro, o Paulista e a Copa-RS. Já o sub-17 conquistou o Mundial de Clubes, não reconhecido pela Fifa, e o Paulista.
Média de atletas formados em casa aproveitados pelo elenco profissional (é possível acessar o conteúdo original aqui).
Corinthians: 9,8
Palmeiras: 10,2
Cruzeiro: 12
Atlético-MG: 13,8
São Paulo: 14,6
Botafogo: 16
Flamengo: 16,2
Santos: 16,4
Internacional: 16,6
Vasco: 17,6
Bahia: 19
Fluminense: 19,8
Athletico-PR: 22
Grêmio: 23,8
Um dos motivos por essa média baixa nos clubes paulistas é resultado do regulamento do Campeonato Paulista, que até 2017 limitava em 26 o número de atletas inscritos por clube. Hoje, a possibilidade é de uma lista separada de “pratas da casa” com até 21 anos.
No caso do Palmeiras, por exemplo, o pouco aproveitamento se deve ao fato do elenco principal contar com muitos nomes consagrados, devido ao investimento da patrocinadora Crefisa.
Em debate no programa Redação Sportv, os jornalistas Carlos Cereto e Aydano Motta criticaram o baixo aproveitamento e culparam a “pressa por resultado” por essa diminuição de pratas da casa.
“No caso do Palmeiras, isso é histórico. Mas tem a questão do conflito entre o investimento pesado, que traz jogadores renomados e faz com que você afogue as chances para quem vem da base”, disse Cereto.
“Outra questão é a pressa do resultado. Ninguém está disposto a esperar esses jogadores amadurecerem. É um processo de crescimento doloroso, como se fosse uma criança crescendo e aprendendo a andar”, completou Motta.
Guilherme Roseguini mostrou um contraponto com os números do Santos. “O Santos, talvez, seja um outro extremo, porque sempre confiou muito na base. Muitos jogadores vão embora e eles dizem: "calma, que a base vai repor". No início do campeonato, você pensa que o time não vai longe, mas os garotos conseguem progredir”, analisou.
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