(Foto: Reprodução) |
A americana Serena Williams foi nomeada a mulher do ano, nesta semana, pela tradicional revista americana "GQ". O que era uma homenagem virou polêmica. Pelo segundo ano consecutivo, a publicação escolheu uma mulher para estampar uma das quatro capas da edição que elege as personalidades do ano. Desta vez, no entanto, o termo "woman" (mulher, em português) estava entre aspas. Nas redes sociais, usuários repercutiram e questionaram a decisão da revista.
Durante a carreira, Serena foi comparada a homens. Ouviu até mesmo comentários de que teria nascido homem. A tenista desabafou sobre o tema em uma carta aberta à mãe Oracene no ano passado, após dar à luz a primeira filha, Alexis Ohanian.
- Eu tenho sido chamada de homem porque eu pareço ser forte. Foi dito que eu não pertenço no esporte feminino - que eu pertenço ao masculino - porque eu pareço mais forte que muitas outras mulheres - relata a tenista, na carta.
A ex-número 1 do mundo voltou a comentar sobre o assunto nesta temporada de retorno às quadras, em entrevista britânica "Harper's Bazaar", em maio.
- Foi difícil para mim. As pessoas diziam que eu nasci um cara, tudo por causa dos meus braços, ou porque sou forte. Eu era diferente de Venus: ela era magra, alta e bonita, e eu sou forte e musculosa - afirmou.
A atleta ainda não se pronunciou sobre o assunto. Um funcionário da revista rebateu os comentários que questionavam o mau gosto da revista nas redes sociais. Ele alegou que as aspas fazem parte da assinatura do designer Virgil Abloh, que inclusive faz roupas para Serena, e desenhou a palavra "woman" para a capa da revista.
- Porque (a palavra) foi feita a mão por Virgil Abloh da Off-White, que estilizou tudo entre aspas ultimamente (veja o vestido de Serena no US Open que ele desenhou) - disse.
(Foto: Julian Finney/Getty Images) |
Em 2018, Serena se destacou dentro e fora das quadras. Virou porta-voz sobre a dificuldade de conciliar a maternidade e a carreira profissional. Viu-se ainda envolvida em dois episódios polêmicos: a proibição do traje "Pantera Negra", em Roland Garros, no mês de junho, e um cartum racista publicado no jornal australiano "Herald Sun", em setembro. A tenista causou ainda dentro das quadras ao acusar o árbitro português Carlos Ramos de "sexismo" depois da final do US Open por ter levado advertências. Ela encerrou a temporada após a derrota na final em Nova York.
Além da americana, foram escolhidos os atores Michael B Jordan, Henry Goldin e Jonah Hill nas outras três capas da mesma edição. A tenista deve retornar às quadras na Copa Hopman, tradicional torneio de exibição entre países, no dia 31 de dezembro. A competição serve de preparação para o Aberto da Austrália.
Globo Esporte
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