(Foto: Agência i7) |
Abrindo oficialmente a temporada brasileira de vôlei, Cruzeiro e Sesi se enfrentaram na Arena Minas, em Belo Horizonte, para definir o campeão da Supercopa masculina, que é disputada entre o campeão da Superliga e o vencedor da Copa do Brasil. Mesmo com a torcida contra, o time paulista conseguiu manter a calma, fechou o jogo em 3/0 (parciais de 22/25, 19/25 e 22/25) e se sagrou campeão da Supercopa pela primeira vez na história.
- A gente entrou bem concentrado hoje. Erramos bem pouco e fomos bem no bloqueio que é o que a gente tinha planejado. Nossa equipe está se conhecendo ainda e tem muito pra mostrar nessa Superliga - comentou o oposto Alan, do Sesi.
- Eles jogaram muito melhor que a gente. Erraram muito pouco, nós erramos muito. Eles estão com um ritmo melhor por conta do Paulista, mas isso não é desculpa. Eles jogaram melhor e mereceram esse título - disse o oposto do Cruzeiro, Evandro.
Até hoje o Cruzeiro era o único campeão da história da Supercopa. O time mineiro havia ganhado todas as três edições existentes até aqui: em 2015 contra o Taubaté, em 2016 contra o Campinas e em 2017 contra o Taubaté novamente. Pela primeira vez também o estado de Minas Gerais recebeu a decisão da Supercopa.
Os dois times apresentaram seus novos reforços para a temporada 2018: o Sesi veio reforçado por Lucas Lóh, que estava na Turquia, Eder, que jogou a temporada passada na Itália, e Alan Patrick, que era jogador do Corinthians, enquanto o Cruzeiro vai contar com o americano ponteiro Taylor Sander - que não pôde jogar esse duelo -, o levantador Sandro e o oposto Luan, que estava na Turquia.
Equilíbrio marca o primeiro set
Os primeiros pontos mostraram que o jogo ia ser bem equilibrado. De um lado um Cruzeiro multicampeão, do outro o Sesi vice-campeão paulista. E foi o time de São Paulo que abriu dois pontos de vantagem no placar. Enquanto isso, a torcida presente na Arena Minas tentava dar força para o Cruzeiro. Com uma ótima distribuição do levantador Willian, o Sesi tentava se afastar no placar. Mas o Cruzeiro conseguiu a igualdade por 8 a 8, com um bloqueio do gigante Evandro, de 2,07m. Se o assunto era tamanho, o Sesi logo passou a frente de novo com uma cortada de Gustavão, que tem 2,15m.
O Cruzeiro chegou ao empate de 12 a 12 depois de um bloqueio duplo em Lucas Lóh. Mas o Sesi novamente passou a frente e conseguiu abrir a maior vantagem da partida: 15 a 12. Esse foi o momento que o técnico Marcelo Mendez, do Cruzeiro, parou o jogo. Ao voltar à partida, o Cruzeiro melhorou na partida. Com destaque para o francês Le Roux, que conseguiu fazer dois pontos seguidos e colocou o time mineiro novamente na partida, com 17 a 16. Com um bloqueio de Isac, o Cruzeiro conseguiu novamente o empate e foi a vez do técnico Rubinho parar o jogo.
A reta final do primeiro set continou muito equilibrada: o Sesi marcava um ponto e o Cruzeiro logo empatava. Com uma cortada de Lucas Lóh e um saque perfeito de Alan, o time paulista chegou ao placar de 22 a 20. Em um erro de Evandro, o Cruzeiro pediu desafio, mas a arbitragem confirmou o ponto para o Sesi, que chegou ao set point. E foi um último ponto inacreditável, com um rali e um ataque pra fora de Evandro. Com isso, o Sesi fechou o primeiro set por 25 a 22.
Desafio dá ace, mas também gera polêmica
O Cruzeiro voltou para o segundo set muito focado e em busca do empate. Logo no primeiro ponto, um saque muito forte de Le Roux e uma sequência de bons ataques mineiros. Mas o Sesi equilibrou a partida e passou a frente no placar: 4 a 3. Com um bom momento de Felipe e Cachopa, o Cruzeiro empatou novamente a partida em 7 a 7. Em um saque de Evandro, mais um desafio solicitado pelo Cruzeiro e a arbitragem marcou um ace para o time mineiro, que passou a frente.
Mas o equilíbrio apareceu novamente na partida, até mesmo em erros de saques: foram dois erros do Cruzeiro e um do Sesi na sequência. Foi a vez de Alan aparecer com dois bons ataques e um bloqueio perfeito, que ajudaram o Sesi a abrir três pontos de vantagem, 16 a 13. E com dois erros do Cruzeiro, o time paulista conseguiu abrir cinco pontos. O técnico do Cruzeiro, o argentino Marcelo Mendez, pediu tempo técnico para esfriar a partida.
O Cruzeiro melhorou, mas com a vantagem de cinco pontos, o Sesi só teve que administrar até o fim do segundo set. Com o placar de 22 a 19, uma polêmica: uma bola dividida na rede gerou muita discussão entre os jogadores e o árbitro. O técnico do Cruzeiro pediu novamente um desafio, mas a arbitragem marcou ponto para o Sesi, que chegou a 23 a 19. Depois de um bate-boca com o árbitro, o oposto Evandro recebeu cartão amarelo e vermelho, o que deu um ponto a mais para o time paulista, que chegou ao set point e fechou o placar logo na sequência, por 25 a 19.
Sesi sobrando em quadra
No início do terceiro set, mais uma polêmica. O líbero Serginho também discutiu com o árbitro e recebeu mais um cartão vermelho. Visivelmente abalado, o Cruzeiro viu o Sesi abrir 3 a 0 no placar rapidamente. O time mineiro conseguiu melhorar na partida, mas viu a equipe paulista abrir uma boa vantagem por 7 a 3. O Sesi manteve a calma, contou com os erros do Cruzeiro e chegou ao placar de 15 a 11.
O técnico Marcelo Mendez pediu tempo, mexeu com os brios dos jogadores e viu o Cruzeiro melhorar muito em quadra. Com o apoio da torcida presente na Arena Minas, o Cruzeiro chegou ao placar de 16 a 14. Mas o Sesi manteve a calma, voltou a pontuar e abriu novamente uma vantagem de quatro pontos. Com 22 a 19 no placar para o time paulista, a Arena Minas se calou. Eram ouvidos poucos gritos quando o Cruzeiro marcava pontos.
E parece que isso mexeu com os jogadores do Cruzeiro. Foram dois pontos na sequência, deixando o placar com 23 a 21 e o técnico do Sesi pediu tempo para esfriar a partida. Com um erro de saque de Isac, o time paulista chegou ao match point. Mas a equipe mineira não se entregou em buscou o 24 a 22 em um lindo bloqueio. Mas na sequência, Alan explorou bem o bloqueio e deu o título para o Sesi por 3 sets a 0, com parciais de 22/25, 19/25 e 22/25.
Globo Esporte
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