Judô brasileiro fica longe de pódio por equipes e faz pior campanha em Mundial desde 2009

(Foto: Rodolfo Vilela/rededoesporte.gov.br)


O Brasil encerrou, nesta quinta-feira, sua pior participação em Campeonatos Mundiais de Judô desde 2009. A seleção nacional fechou a edição em Baku, capital do Azerbaijão, com apenas uma medalha, de bronze, conquistada por Érika Miranda na categoria até 52kg.

É a pior apresentação de uma escalação nacional em um Mundial desde 2009, quando o país deixou a edição de Roterdã, na Holanda, sem medalhas. Para efeito de comparação, no Mundial de 2017, em Budapeste, a seleção havia ido a cinco pódios entre competições individuais e por equipe.

Nesta quinta-feira, o Brasil disputou a competição por equipes mistas - que vai passar a ser olímpica nos Jogos de Tóquio, em 2020. E não foi nada bem. O time era cabeça de chave do grupo C, e passou a primeira rodada automaticamente, sem lutar. Na segunda rodada, ainda derrotou Cuba, por 4 a 3, graças a uma vitória de Beatriz Souza sobre a vice-campeã mundial dos pesos-pesados Idalys Ortiz em uma luta extra.

Foi a única vitória brasileira no dia. Em seguida, a equipe caiu diante da França e, na repescagem, sucumbiu perante a Alemanha. Os dois confrontos terminaram em 4 a 2 para os adversários europeus. No fim, terminou em sétimo lugar na classificação geral da disputa por equipes. A final por equipes, entre França e Japão, ocorreria ainda na manhã desta quinta.

O Brasil chegou ao Mundial de Baku com atletas favoritos a pódio e líderes de ranking mundial, como Maria Portela, número 1 do planeta no peso médio (até 70kg). Outros bem cotados eram Mayra Aguiar, que defendia o título no meio-pesado (ate 78kg), e David Moura, que havia sido vice-campeão entre os pesados (acima de 100kg) em Budapeste, há um ano. Todos eles foram eliminados sem nem sequer chegar à disputa por medalhas.

Na quarta-feira, ao final das competições individuais, o gestor de alto rendimento da CBJ (Confederação Brasileira de Judô), Ney Wilson, já havia expressado a frustração com os maus resultados obtidos no Azerbaijão.

- Nos preparamos bem. Esperávamos um resultado diferente. Mas, se tem um momento que a gente poderia falhar é esse. Ainda temos mais um Mundial pela frente e o grande objetivo são os Jogos Olímpicos. Claro que, em todo Mundial, a gente vem para fazer um bom resultado. Para o potencial que a equipe tem não foi o melhor. Poderia ter sido uma história diferente - disse.

Veja as campanhas do judô brasileiro em Mundiais desde 2009

Mundial de Roterdã - 2009
Nenhuma medalha

Mundial de Tóquio - 2010
Mayra Aguiar (até 78kg/prata)
Leandro Guilheiro (até 81kg/prata)
Leandro Cunha (até 66kg/prata)
Sarah Menezes (até 48kg/bronze)

Mundial de Paris - 2011
Leandro Cunha (até 66kg/prata)
Rafaela Silva (até 57kg/prata)
Sarah Menezes (até 48kg/bronze)
Leandro Guilheiro (até 81kg/bronze)
Mayra Aguiar (até 78kg/bronze)

Mundial do Rio - 2013
Rafaela Silva (até 57kg/ouro)
Érika Miranda (até 52kg/prata)
Maria Suelen Altheman (acima de 78kg/prata)
Rafael Silva (acima de 100kg/prata)
Sarah Menezes (até 48kg/bronze)
Mayra Aguiar (até 78kg/bronze)

Mundial de Chelyabinsk - 2014
Mayra Aguiar (até 78kg/ouro)
Maria Suelen Altheman (acima de 78kg/prata)
Erika Miranda (até 52kg/bronze)
Rafael Silva (acima de 100kg/bronze)

Mundial de Astana - 2015
Érika Miranda (até 52kg/bronze)
Victor Penalber (até 81kg/bronze)

Mundial de Budapeste - 2017
Érika Miranda (até 52kg/bronze)
Mayra Aguiar (até 78kg/ouro)
David Moura (acima de 100kg/prata)
Rafael Silva (acima de 100kg/bronze)
Equipe mista (prata)

Globo Esporte

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