Pódio masculino (Foto: Luiz Doro) |
O brasileiro Gilmar Silvestre Lopes (Cruzeiro EC) e a queniana Esther Chesang Kakuri (Luasa Sports / CAIXA) foram os vencedores da Etapa de Ribeirão Preto do Circuito de Corridas CAIXA, disputada na noite de sábado (15). Com o tempo de 30min55, ele fez dobradinha com o irmão gêmeo, Gilberto (Marinha do Brasil / Cefan), o segundo colocado com 31min03, invertendo as posições da última prova do circuito, em Porto Alegre (RS), em agosto. Ambos superaram o favoritismo do queniano Geofry Toroitich Kipchumba (Luasa Sports / CAIXA), que chegou em terceiro lugar, com 31min11. O pódio masculino na categoria Elite 10km foi completado por mais dois brasileiros: Pablo Fagundes da Costa (Super Time Pro BRB Mobile), que fez em 31min53, e Gustavo Henrique Pereira Nascimento (Luasa Sports / CAIXA), com 32min47.
Esther Kakuri completou os 10km em 36min31, seguida pela tanzaniana Fadhila Salum Samwe (Luasa Sports / CAIXA), que fez o percurso em 37min22. Da terceira a quinta colocadas só deu Brasil – Tatiana de Souza Araújo, com 38min09, Jéssica Ladeira Soares (File e Márcia Narloch), com 38min26, e Patrícia Miranda Rodrigues Ribeiro Mar (Cornelius Atlética/Acora), que cruzou a linha de chegada com o tempo de 39min50. Neste ano, a prova em Ribeirão Preto foi noturna, com largada às 19h. O trajeto também foi inédito. Os corredores percorreram ruas do bairro Olhos D´água, na continuação da avenida Professor João Fiúsa, após o Anel Viário Sul da cidade (Rodovia Prefeito Antonio Duarte Nogueira – SP-322).
Pódio feminino (Foto: Luiz Doro) |
Tradição
Gilmar Lopes havia participado da etapa de Ribeirão Preto do Circuito de Corridas da CAIXA em 2011, quando foi vice-campeão. O novo trajeto, com uma grande subida logo após a largada, foi um dos desafios principais, superando o calor, já que a noite deste sábado de outono estava amena em relação aos mais de 30º registrados nas últimas semanas na cidade. “Foi desgastante, mas nós, que vivemos do atletismo, não temos que escolher este tipo de coisa. Nosso trabalho é correr cada vez mais rápido e vencer. Foi muito importante ganhar aqui”, disse.
O corredor do Cruzeiro fez questão de ressaltar a importância e a perenidade do circuito para o esporte nacional. “A CAIXA nos proporciona sempre grandes corridas e isso é fundamental para o país e para nós, atletas, crescermos ainda mais. Além disso, ao completar 15 anos, enquanto muitas provas desapareceram, a CAIXA mostra que é suporte para o atletismo brasileiro”, completou. Seus próximos desafios, além do próprio circuito, são a Volta da Pampulha, em Belo Horizonte (MG), e a São Silvestre, em São Paulo (SP), ambos em dezembro.
A queniana Esther Kakuri também sentiu dificuldades com o trajeto em Ribeirão Preto, mas isso não a impediu de chegar em primeiro lugar. “Foi uma corrida de muitas subidas. Não imaginava que seria assim. Mas foi minha primeira vez fazendo uma prova à noite e isso ajudou meu desempenho, gostei muito. Gostei mais, e estou muito feliz por isso, porque fui a campeã da etapa”, salientou a atleta, que conquistou o bicampeonato em Ribeirão Preto. Ano passado, ela cruzou a linha de chegada em primeiro lugar com a marca de 35min22.
Importância regional
Demerval Prado Júnior, superintendente Regional da CAIXA, afirmou que a corrida em Ribeirão Preto tornou-se uma tradição e é esperada por todos. Para ele, um evento como este aumenta a visibilidade para a própria instituição financeira, bem como para organizadores e patrocinadores, porque não se trata de uma atividade municipal, mas de uma corrida que chega a mais de 3 milhões de habitantes da macrorregião. “Para nós, é uma alegria participar e trazer a etapa para cá. Além de ser um grande evento esportivo nacional, também estamos contribuindo para a melhoria da qualidade de vida de muitas pessoas”, concluiu.
Um dos fatores que fizeram milhares de pessoas se inscreverem para a corrida em Ribeirão Preto, segundo a organização, foi o fato de ter ocorrido à noite. “Os atletas de Elite e amadores compraram a ideia, gostaram da etapa noturna. Esse feedback foi importante, porque norteia nosso trabalho. Quem correu à noite, depois, ainda pode sair com a família, passear, namorar e, no domingo, aproveitar para correr de novo”, brincou Hélio Takai, diretor Geral da HT Sports, empresa que organiza o Circuito de Corridas da CAIXA em todo o Brasil.
O empresário salientou que tem a intenção de continuar fazendo a prova na cidade à noite. “Nosso objetivo é manter o período da noite para a etapa de 2019. Mas isso e outros acertos, como um novo trajeto, ainda na Zona Sul, são assuntos que trataremos com a prefeitura. Ribeirão Preto e Uberlândia (MG) são as únicas cidades que não são capitais a receberem uma etapa nossa. Isso ocorre aqui porque o município é polo de uma região muito importante para o esporte e o desenvolvimento de todo o Brasil”, contou.
Joaquim Cruz
Único campeão olímpico em provas de pista na história brasileira, medalha de ouro nos 800m nos Jogos de Los Angeles (EUA), em 1984, Joaquim Cruz foi o Herói do Atletismo CAIXA padrinho da etapa de Ribeirão Preto. Na cidade, ele deu duas palestras para 400 crianças e adolescentes de escolas públicas, concedeu entrevistas à imprensa, interagiu com o público na entrega de kits, deu a largada das categorias masculina e feminina e participou da cerimônia de premiação dos vencedores.
O ex-atleta, hoje empresário e empreendedor social, por meio do instituto que leva seu nome, no Distrito Federal, estreou no Circuito CAIXA na prova de Ribeirão Preto. “Foi minha primeira vez e adorei tudo o que houve. Desde que cheguei foi tudo positivo. Fiz uma maratona de palestras e outras atividades, das 8h às 23h, na sexta-feira, mas nem vi o tempo passar. Agora que sei o caminho pretendo vir novamente”, contou.
Ele diz que se sentiu “meio que passando o bastão” para os atletas mais jovens ao interagir com eles em diversos momentos, inclusive nas escolas e na premiação, como ocorreu na cidade. “Além do mais, gostei de Ribeirão Preto. Inclusive, revi alguns amigos que começaram comigo no esporte”, disse.
Premiação
Entre as categorias disputadas na etapa de Ribeirão Preto estiveram a Elite 10km (Masculina e Feminina), Geral, Economiário e por Faixa Etária. Os atletas amadores puderam escolher entre percursos de 10km, 5km (individual e duplas) e caminhada. A premiação para os campeões Gilmar Lopes e Esther Kakuri foi de R$ 4 mil. Os segundos colocados receberam R$ 3 mil e os terceiros, R$ 2 mil.
A etapa deste sábado foi a 8ª da temporada de aniversário de 15 anos do Circuito CAIXA. Neste ano, além de Ribeirão Preto, já receberam a competição as cidades de Belo Horizonte, Uberlândia, Salvador, Campo Grande, Recife, Fortaleza e Porto Alegre.
ZDL
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