(Foto: Ivan Storti/Santos FC) |
O presidente do Santos, José Carlos Peres, disse que o técnico Cuca deve "tocar o futebol", enquanto a diretoria "toca a parte administrativa e financeira".
Durante encontro na Federação Paulista de Futebol, que nesta quinta elege nova diretoria, Peres afirmou ter conversado com o técnico, e cutucou:
– O Cuca toca a parte técnica, e nós tocamos a parte administrativa e financeira. Ele reconheceu que exagerou. Foi no calor do jogo, foi revoltante mesmo – disse o cartola.
A declaração foi motivada pelas críticas do treinador na última terça-feira, quando apontou falta de profissionalismo no clube no "Caso Sánchez". O clube foi punido por escalar o jogador uruguaio de forma irregular contra o Independiente, nas oitavas de final da Libertadores.
Após a eliminação do Santos no Pacaembu, Cuca afirmou que o erro era grave, o "bê-a-bá de situações que não podem ocorrer".
Peres completou:
– Eu não concordo com ele. Nós fizemos tudo o que nós pudemos. Nós fomos para um julgamento em que já estava pré-determinado para (nos) culpar. Há coisas que você fala publicamente e coisas que fala no privado. Ele estava nervoso, tem que dar desconto. Conversamos, ele convenceu o erro, agora é tocar a bola para frente.
O presidente do Santos mais uma vez culpou a Conmebol pelo erro que permitiu que Sánchez entrasse em campo mesmo com uma suspensão a cumprir. Ele se baseia no sistema Comet, usado pela entidade para o registro de atletas, que apontava que o meia não tinha restrições.
A Conmebol não acolheu a tese santista e puniu o clube ao determinar a derrota da equipe por 3 a 0 no jogo de ida das oitavas da Libertadores. Na última terça, no Pacaembu, o 0 a 0 classificou o Independiente.
Essa partida foi encerrada antes dos 45 minutos do segundo tempo por falta de segurança, já que torcedores do Santos atiraram bombas e invadiram o gramado do Pacaembu.
Demissão de funcionário
Peres negou que a demissão de Felipe Nóbrega, do departamento jurídico do Santos, tenha sido motivada pelo erro que causou a punição ao clube pela Conmebol.
Nóbrega foi desligado horas depois de a entidade divulgar a decisão e chegou a ser apontado como responsável pela falha que iniciou o problema. Na última quarta, ao GloboEsporte.com, ele afirmou que checar a situação disciplinar de atletas não era sua atribuição.
Peres disse que a saída de Nóbrega faz parte de uma reformulação do departamento jurídico:
– Aí há uma confusão. Já tínhamos feito uma demissão de outro (funcionário) na sexta, estamos fazendo uma reforma no jurídico, e chegou a vez dele. Estamos arrumando o clube, há demissões todos os dias.
Globo Esporte
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