(Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro) |
Recordista de títulos da Copa do Brasil (cinco, ao lado do Grêmio) e atual campeão, o Cruzeiro sofreu para conseguir a classificação diante do Santos. Depois de perder no tempo normal por 2 a 1, de virada, a Raposa venceu nos pênaltis por 3 a 0, garantindo a vaga nas semifinais - é a décima vez em 22 participações que o Cruzeiro alcança essa fase do torneio. Thiago Neves abriu o placar aos 12, Gabriel empatou ainda no primeiro tempo, aos 41, e Bruno Henrique virou, com belo gol de cabeça aos 38 do segundo tempo, dando a Cuca sua primeira vitória em cinco jogos no Santos. Nos pênaltis, porém, brilhou a estrela de Fábio. O goleiro pegou todas as três cobranças do Santos: de Bruno Henrique, Rodrygo e Jean Mota. Sim: Fábio pegou todos os três pênaltis do Santos. Já o Cruzeiro converteu suas três, com Lucas Silva, Raniel e David, e ficou com a vaga.
Nas semifinais, o Cruzeiro pegará o vencedor do confronto entre Palmeiras e Bahia. No primeiro jogo, em Salvador, houve empate em 0 a 0. A decisão da vaga será nesta quinta, no Pacaembu.
Pelo Brasileirão, o Santos volta a jogar no sábado, contra o Sport, na Vila, num confronto direto na luta contra o rebaixamento. Já o Cruzeiro pega o Bahia, domingo, no Mineirão. Os dois jogos serão às 16h.
Cuca escalou quatro atacantes de ofício (Arthur Gomes, a novidade, se juntou a Bruno Henrique, Rodrygo e Gabriel), mas a proposta era marcar em seu campo de defesa e tentar sair no contra-ataque. Nesse modelo, o técnico do Santos definiu que Dodô ficaria em Robinho. Mano Menezes percebeu e recuou Robinho, o que fez com que o lateral santista o acompanhasse, avançando e abrindo um buraco às suas costas. Thiago Neves foi jogar ali e DEITOU, recebendo aberto e puxando pra dentro. Fez o gol aos 12 e a jogada que quase resultou no segundo (Arrascaeta desviou na trave, aos 25). Gustavo Henrique, que entrou aos 5 no lugar de Luiz Felipe, machucado, simplesmente não conseguia achar Thiago Neves. O segundo gol do Cruzeiro parecia questão de tempo. Mas o Santos acabou achando um empate aos 41, em chute de fora da área de Gabriel. Nos minutos finais, o Peixe ainda ensaiou uma pressão em busca da virada.
Cuca demorou 16 minutos para corrigir o buraco no setor esquerdo, colocando Jean Mota no lugar de Arthur Gomes, para tentar ajudar Dodô na marcação. Por ali, Thiago Neves continuava a deitar. O Cruzeiro esteve sempre muito mais próximo do segundo gol do que o Santos. Dedé, aos 9 (na trave), e Edilson, aos 11 (em bela infiltração), criaram as melhores chances. Com o tempo, porém, o Cruzeiro foi recuando, recuando, recuando... e o Santos foi ganhando espaço. Até que, aos 38, Rodrygo acertou belo cruzamento e Bruno Henrique apareceu como um legítimo centroavante, para cabecear no ângulo, sem chances para Fábio. No fim, Vanderlei ainda apareceu com uma defesaça em chute de Rafinha.
Jogadores e comissão técnica do Santos ficaram transtornados com o árbitro Rodolpho Toski, que encerrou o jogo no meio de um contra-ataque do Peixe, com Gabriel saindo livre em direção à área do Cruzeiro e antes do prazo que ele havia estipulado como acréscimo. O goleiro reserva Vladimir chegou a ser expulso.
Globo Esporte
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