(Foto: Marcos Ribolli) |
Demitido horas depois da publicação da decisão da Conmebol que impôs punição ao Santos na Libertadores, Felipe Nóbrega negou que tivesse entre as suas atribuições a checagem de pendências disciplinares dos atletas – como a suspensão de Carlos Sánchez, gatilho da confusão que culminou na eliminação do clube na competição.
Ao GloboEsporte.com, Nóbrega, que atuava no departamento jurídico, contou que foi informado do desligamento por voltas das 16h30 da última terça, e que não recebeu justificativas.
Ele disse que era responsável pelo registro de contratos de atletas, mas não pelo acompanhamento das suspensões.
– Essa situação de ter que correr atrás de questões disciplinares nunca esteve no meu escopo de trabalho – afirmou.
Nota publicada no blog do jornalista Jorge Nicola, no Yahoo, afirma que "um aliado do presidente José Carlos Peres" assegurou que a demissão se deu após Nóbrega ter admitido que se esqueceu de enviar um e-mail à Conmebol para consultar a situação de Sánchez.
– Não assumi nada, não era a minha atribuição – reforçou.
O Santos foi punido pela escalação irregular de Sánchez no jogo de ida das oitavas de final da Libertadores, na semana passada, contra o Independiente, na Argentina.
A decisão modificou o placar original, um empate sem gols, para vitória do Independiente por 3 a 0. Na última terça, no Pacaembu, o time de Cuca não conseguiu vazar o rival, a torcida causou confusão, e a partida foi encerrada antes do fim por falta de segurança.
Nóbrega acredita que não houve erro do Santos ao escalar o jogador:
– Acredito cegamente que não. O Comet (sistema de registro da Conmebol) reflete as posições da comissão disciplinar. A defesa do Santos foi perfeita, fiquei perplexo com a punição.
A reportagem procurou o Santos para esclarecer os motivos da demissão de Nóbrega, mas o clube ainda não se manifestou.
Globo Esporte
Comentários
Postar um comentário
Deixe seu comentário!