(Foto: John Sibley/Reuters) |
Ainda faltam 50 dias para o fechamento da janela europeia de transferências, mas será uma zebra se Neymar não disputar a próxima temporada pelo PSG. Hoje, a chance de ele seguir no clube francês é enorme.
Engana-se quem pensa que a saída de Cristiano Ronaldo poderia impulsionar a ida do brasileiro para o Real Madrid. Um dos fatores que atraíam Neymar a uma possível transferência era justamente a possibilidade de atuar junto ao português, vendido nesta terça-feira para a Juventus.
Além disso, contratos que fazem de Neymar o protagonista comercial da Copa do Mundo de 2022 o amarram por mais tempo ao PSG, propriedade de Nasser Al-Khelaifi, empresário bilionário do Catar, país-sede do próximo Mundial.
O Real Madrid, de fato, tem acompanhado Neymar de perto. Mandou até emissários ao amistoso do Brasil contra a Croácia, em Liverpool, no dia 3 de junho, o primeiro da preparação da Seleção para a Copa da Rússia. E o atacante, claro, chegou a se sentir seduzido pela chance de vestir a camisa mais poderosa entre clubes mundiais, e atual tricampeã da Europa.
Mas a sedução vinha de fazer parte de um grupo multicampeão, e Neymar sabe que essa condição pode mudar sem Cristiano Ronaldo. O cenário visto por ele como ideal teria um contrato longo, com um início de transição, ao lado do português, numa parceria de sucesso como ele teve com Messi no Barcelona, para depois herdar o lugar de principal astro.
A confirmação da ida de CR7 para a Juventus transforma o futuro do Real Madrid numa grande incógnita. E Neymar não gostaria de fazer parte de outro projeto em sua fase inicial. Reflexos do que passou no PSG, com críticas da torcida e frustração no objetivo de vencer a Champions.
Al-Khelaifi está tão disposto a manter Neymar e os contratos para 2022 que tem feito de tudo para agradar o brasileiro. Por isso passa a contratação do goleiro Gianluigi Buffon, a quem ambos veem como “vencedor nato” nessa tentativa de expandir as glórias da França para o continente, e também o interesse em tirar Philippe Coutinho do Barcelona.
Logo depois daquele amistoso de Liverpool, o novo técnico do PSG, Thomas Tüchel, foi a Londres numa folga da seleção brasileira para conversar com Neymar. O atacante gostou do que ouviu. Espera que o alemão seja mais firme e ofensivo do que o antecessor Unai Emery.
Outra mudança no PSG para tentar atrair outros grandes jogadores será na parte médica, com um centro de treinamento equipado e um trabalho de prevenção e recuperação física. Isso será coordenado por outro conhecido de Neymar, o fisioterapeuta Bruno Mazziotti, que fez parte da comissão técnica de Tite na Seleção, e deverá continuar caso o técnico aceite a proposta da CBF para treinar a equipe pelos próximos quatro anos.
Sem Cristiano Ronaldo, é bem provável que o Real Madrid vá atrás de outro popstar para enfrentar Messi na maior rivalidade espanhola. Dificilmente será Neymar.
Globo Esporte
Comentários
Postar um comentário
Deixe seu comentário!