Foto: Antônio Assis/FAF) |
A Conmebol quer a cabeça do presidente da CBF, Antonio Carlos Nunes. O voto do Brasil no Marrocos para sede da Copa de 2026 – quando o combinado era votar na América do Norte – não foi digerido pela entidade que manda no futebol sul-americano. Ao que tudo indica, a crise só vai ter fim quando o Coronel Nunes, como gosta de ser conhecido, deixar o Conselho da Conmebol.
Na CBF, a possibilidade de tirar o Coronel Nunes do Conselho é tida como quase impossível. Afinal, ele é o presidente – e ele teria que assinar a própria saída.
O Conselho é formado pelos 10 presidentes das associações nacionais de futebol da Conmebol. É a instância que toda todas as decisões importantes da entidade – como, por exemplo, apoiar formalmente os EUA na disputada pela Copa de 2026. Cada integrante do conselho recebe um salário mensal de US$ 20 mil.
A Conmebol já recebeu pedidos de desculpas por parte de outros dirigentes da CBF, como o vice-presidente Fernando Sarney e o diretor-executivo Rogério Caboclo. Mas espera mais do que isso. A próxima reunião do Conselho da Conmebol será em agosto, na Bolívia, e é correto afirmar os outros nove países do continente não querem ver o Coronel Nunes por lá.
Isso já aconteceu no dia da abertura da Copa do Mundo, quando Nunes foi impedido por seus pares da CBF de ir a um evento da Conmebol que teve a presença do presidente da Fifa, Gianni Infantino. Nas reuniões da Conmebol, isso não pode acontecer – alguém tem que ir.
Embora o Coronel Nunes não tenha violado nenhuma regra escrita, a Conmebol ameaça até abrir uma investigação em seu Comitê de Ética para investigá-lo. Seria mais um constrangimento para a CBF, que passou os últimos três anos tentando explicar ao mundo porque seu então presidente, Marco Polo Del Nero, não viajava para o exterior.
A Conmebol está disposta a repetir com Nunes a mesma fórmula adotada nos três anos em que Del Nero era presidente da CBF, mas não saía do Brasil – aceitou outro represenante brasileiro no Conselho da entidade. O escolhido foi Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista. Se tal solução for repetida, a Conmebol espera que Rogério Caboclo assuma o lugar de Nunes.
Globo Esporte
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