Fifa deve anunciar VAR na Copa e mudanças na escolha da sede de 2026

 (Foto: Osman Orsal / Reuters)


A Copa do Mundo de 2018, na Rússia, será a primeira da história a usar a tecnologia do árbitro de vídeo para ajudar a arbitragem a resolver lances polêmicos. A novidade será anunciada nesta sexta-feira em Bogotá, na Colômbia, após reunião do Conselho da Fifa – instância que toma as principais decisões no futebol mundial.

O VAR (sigla em inglês para Video Assistant Referee) já havia sido incluído nas regras do futebol pela International Board duas semanas atrás, e seu uso na Copa do Mundo já era dado como certo desde então. A aprovação do Conselho era a última etapa do processo.

A reunião do Conselho da Fifa nesta sexta-feira também vai definir a forma de votação para a escolha da sede da Copa do Mundo de 2026, a primeira a ser disputada por 48 seleções. Há duas candidaturas: Marrocos e a aliança formada por EUA, México e Canadá.

A última votação para sede da Copa do Mundo promovida pela Fifa foi marcada por escândalos de corrupção. Em 2010, uma eleição dupla teve como vencedores a Rússia como sede do Mundial de 2018, e o Catar como vencedor da disputa por 2022.

Até então, só os membros do Comitê Executivo (atual Conselho da Fifa) participavam da votação. Por causa das denúncias de corrupção – que depois seriam ampliadas pelo "Caso Fifa" – a entidade tirou o poder de decisão do Comitê Executivo e delegou a escolha para todos os filiados.

Assim, a sede do Mundial de 2026 será escolhida pelos 211 integrantes da Fifa – e não por um pequeno grupo. Ainda assim, há dúvidas sobre o processo de votação que serão sanadas nesta sexta-feira. A maior delas é se o votação será aberta ou fechada. Há quem defenda o voto secreto, por entender que isso inibe pressões. Mas a tendência é que a Fifa decida por uma votação aberta.

A reunião do Conselho Fifa também vai votar mudanças no calendário do futebol mundial. A entidade quer aprovar a criação de uma Liga Mundial feminina de seleções, e também deseja extinguir os Mundiais sub-20 e sub-17 para substituí-los por um torneio anual sub-18 com 48 seleções.

Outros assuntos na pauta do Conselho da Fifa são o futuro do Mundial de Clubes e mudanças nas regras para transferência de jogadores. Os dois temas ainda serão debatidos por mais tempo até que se chegue a decisões definitivas.

Globo Esporte

Comentários