Alfinetadas: Estaduais mostram deficiência, mas ainda é porta de entrada para o anonimato

 (Foto: Marcos Ribolli)

Por Nicholas Araujo
Redação Blog do Esporte


Ao final dos campeonatos como Paulista e Carioca, por exemplo, é notório como os estaduais continuam deficitários e beneficiando apenas os "grandes" clubes. O interior continua a margem, sem um incentivo maior e encontrando nestas competições a porta de entrada para o futebol nacional.

Prova disso foi as quartas de final do Paulistão. Enquanto o Palmeiras foi o único a ter um desafio “mais fácil”, São Paulo, Santos e Corinthians encontraram adversários mais pesados, incômodos, mas se tornaram protagonistas das semifinais. São Caetano, Botafogo e Bragantino ficaram para trás e já se retornaram novamente para o anonimato.

Outro argumento é o formato das competições, que não favorecem em nada os clubes “pequenos” e só deixam os estaduais nas mãos dos clubes “grandes”. O carioca, por exemplo, será decidido entre Botafogo e Vasco, enquanto o Paulista será decidido entre Palmeiras e Corinthians.

Detalhe: o Paulistão só retornou com uma final entre times tradicionais após cinco anos. Desde 2014, o estadual tinha o protagonismo de Ituano, Audax e Ponte Preta. Apenas o clube de Itu levantou o caneco neste período, enquanto Santos e Corinthians atualizaram suas galerias de troféus.

No mais, os estaduais estão mais uma vez sem um olhar mais cuidadoso. Em um período que falamos de calendário cheio no futebol brasileiro, estas competições só tornam o esporte cada vez mais entediante. O protagonismo é deixado de lado e os clubes cada vez menos valorizam essas oportunidades. É necessária uma mudança por completo no futebol do Brasil ou vamos continuar perdendo atletas em massa para a Europa e até mesmo para a Ásia.

Continuamos a não aprender nada com o 7 a 1 de 2014.

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