(Foto: Damir Sagolj/Reuters) |
Isadora Williams encerrou sua participação em PyeongChang 2018 com o 24º lugar na final da patinação artística. Em sua segunda Olimpíada, ela colocou o Brasil pela primeira vez no programa longo. Mesmo depois do feito inédito porém, a brasileira não sabe se irá tentar mais um ciclo olímpico até Pequim 2022, quando estará com 26 anos. Ainda sob efeito de sua apresentação, quando caiu logo no primeiro minuto e não conseguiu cumprir com tudo que estipulou para o seu programa, a patinadora colocou em dúvida o seu futuro olímpico.
"Agora não sei. Vou competir o próximo Mundial depois da Olimpíada. E depois disso eu não sei agora. Sinceramente não sei. Na próxima Olimpíada eu terei 26 anos, para patinação estarei velha, mas não sei agora".
Isadora se classificou para a final com o 17º lugar no programa curto, um feito histórico para o Brasil, que nunca teve ninguém nesse patamar. Ela começou a representar o país em 2010 em competições internacionais e em Sochi 2014 colocou os brasileiros no mapa da modalidade ao se classificar para a Olimpíada. Recentemente, teve problemas para manter os treinos, passando a dar aula de patinação nos EUA e a fazer vaquinha virtual para pagar um técnico de saltos. Ela será a porta-bandeira do Brasil na cerimônia de encerramento.
Na final, Isadora foi a 12ª a se apresentar, fechando o segundo grupo de seis meninas. E se no aquecimento do programa livre ouviu Anitta, desta vez colocou no fones vários funks brasileiros. É fácil perceber que a menina, filha de uma brasileira com um americano e nascida nos Estados Unidos, adora o país, mesmo ainda tendo dificuldades para falar o português quando está nervosa. Mesmo com o feito conquistado, ela não ficou feliz após o fim da sua apresentação.
"Eu amo o Brasil, amo os brasileiros. Fico feliz com as pessoas torcendo por mim. Não era o programa longo que eu queria entregar, mas fui melhor do que em Sochi, vou guardar as lembranças boas daqui. Quero deixar na memória o programa curto que fiz".
O próximo Mundial de patinação artística acontece de 19 a 25 de março, em Milão, na Itália. Isadora Williams irá representar o Brasil. Depois desta competição, contudo, ela retorna para os Estados Unidos, onde estuda nutrição e administração com ênfase no esporte. Com a cabeça mais fria, talvez repense os planos, mas, neste momento, pode ser que o Brasil não tenha uma substituta à altura até Pequim 2022.
Globo Esporte
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