(Foto: Reprodução) |
Foi sofrido. Diferentemente dos jogos da fase de classificação, o Brasil teve de suar muito para conquistar o Grand Prix de Futsal pela 10ª vez. O adversário foi a República Tcheca, que esteve na frente na decisão por duas vezes. Só que a equipe comandada por Marquinhos Xavier contava com o pivô Ferrão. Vivendo grande fase, o jogador do Barcelona marcou dois gols, comandando a vitória brasileira por 4 a 2, em Brusque (SC). Os outros gols da equipe canarinho foram anotados por Gadeia e Leandro Lino - Seidler e Resetar balançaram a rede para a República Tcheca. Falcão, que está a seis gols do gol 400 com a camisa brasileira, passou em branco. Com 20 anos de serviços prestados à seleção, o camisa 12 esteve presente em todas as conquistas do Grand Prix.
República Tcheca na frente
A final começou animada. Ferrão teve a primeira finalização do jogo. A resposta da República Tcheca aconteceu logo na sequência. Em jogada individual, Lukas Resetar chutou rasteiro, e Guitta defendeu. Aos três minutos, Marquinhos Xavier lançou Falcão em quadra pela primeira vez. Um minuto depois, Rodrigo cobrou falta frontal, e o goleiro Libor Gercak foi buscar. Aos cinco, os tchecos voltaram a assustar. Após escapada pela esquerda, o artilheiro Michael Seidler invadiu a área brasileira, mas foi parado por Guitta.
Aos sete, a seleção europeia conseguiu tirar o primeiro zero do placar. Após jogada de Resetar pela esquerda, Seidler apareceu livre para completar para o gol. O Brasil quase empatou aos nove. Depois de receber passe de Léo Santana, Dieguinho concluiu por cima, sozinho da entrada da área. Aos 11, Léo Santana e Gadeia finalizaram em sequência, mas o gol de empate não saiu. Um minuto depois, a República Tcheca quase fez o segundo. Após driblar Daniel, Vnuk ficou cara a cara com Guitta, mas bateu para fora.
O Brasil aumentou a pressão nos cinco minutos finais do primeiro tempo. Em cobrança de falta da entrada da área, Falcão encheu o pé, e a bola caiu nos pés de Dieguinho após rebote de Gercak. Só que o pivô exagerou na força, e o chute se perdeu pela linha de fundo. A dois minutos do intervalo, o Brasil, enfim, conseguiu chegar ao empate. O autor do gol foi Ferrão em jogada típica de pivô. A dez segundos do fim, a seleção brasileira teve um tiro livre direto a seu favor. Na cobrança, Gercak pegou a bomba de Rodrigo, garantindo o 1 a 1 da etapa.
Técnico tcheco se recusa a deixar a quadra
O segundo tempo começou com mais de cinco minutos de atraso. Revoltado com a sua expulsão, o técnico tcheco Tomas Neumann se recusou a sair de quadra. Após longa conversa com os árbitros, ele acabou indo para a arquibancada. Com a bola rolando, a República Tcheca conseguiu passar à frente novamente aos dois minutos. Em jogada individual, Lukas Resetar avançou e finalizou de bico, sem chances de defesa para Guitta. O Brasil não demorou a empatar. Aproveitando uma falha de Seidler, Gadeia tocou com a ponta do pé para fazer 2 a 2.
O gol empolgou a seleção brasileira, que esteve perto de virar aos cinco. Em bate-rebate na área, Leandro Lino e Gadeia tentaram empurrar a bola para a rede, mas Gercak salvou os tchecos. Aos sete, porém, não teve jeito. Leandro Lino recebeu na frente e tocou no canto para colocar o time verde-amarelo na frente pela primeira vez. A República Tcheca não se entregou e continuou criando dificuldades. Aos nove, Radim Zaruba perdeu chance incrível, com Guitta já batido. Um minuto depois, foi a vez de Seidler avançar e sair na cara de Guitta. Bem colocado, o goleiro brasileiro espalmou com a ponta dos dedos.
Mesmo pressionado, o Brasil criou duas boas chances na metade do segundo tempo. Primeiro foi Bruno quem carimbou a trave. Logo depois foi a vez de Ferrão também acertar o poste. De tanto insistir, o pivô do Barcelona marcou o quarto gol brasileiro aos 12. Em mais uma jogada de pivô, Ferrão bateu no canto e fez 4 a 2. Após o gol, Gercak foi para o ataque, passando a atuar como goleiro-linha. A três minutos do fim, Falcão teve a chance de marcar o gol 397, mas a cobrança de falta do camisa 12 ficou na barreira. Era só. Nos minutos derradeiros, o time verde-amarelo tratou a administrar o resultado, garantindo o primeiro troféu da Era Marquinhos Xavier.
Brasil: Guitta, Rodrigo, Daniel Japonês, Pito e Ferrão. Entraram: Bruno, Leandro Lino, Léo Santana, Marcel, Falcão, Gadeia e Dieguinho. Técnico: Marquinhos Xavier.
República Tcheca: Libor Gercak, Jan Janovsky, Lukas Resetar, Tomas Vnuk e Michael Seidler. Entraram: David Cupak, Radim Zaruba, Matej Slovacek, Pavel Drozd, David Drozd e David Cerney. Técnico: Tomas Neumann.
Globo Esporte
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