Ponto de Opinião: Um mundial para reflexão do futebol brasileiro

(Foto: Reuters)

Por Nicholas Araujo
Redação Blog do Esporte


O Grêmio não conseguiu o título do Mundial de Clubes ao ser derrotado pelo Real Madrid por 1 a 0. Não devemos tirar o mérito da equipe de chegar onde chegou, mas a derrota serve de alerta para o futebol sul-americano, e mais precisamente, ao brasileiro.

Desde 2012, o Mundial de Clubes não fica com um time sul-americano. Desde então, houve um domínio espanhol e a apresentação de um futebol redondo que há muito não se via. Enquanto a Europa manteve sua qualidade e continuou e se modernizar e a produzir talentos, o restante não conseguiu acompanhar o desenvolvimento e até se perdeu no caminho.

Somente em 2017 que o Brasil voltou a figurar entre os campeões continentais. O Grêmio venceu a Libertadores e o Flamengo foi vice na Sul-Americana, mas isso é pouco para um futebol que já brilhou tanto com Santos, São Paulo, Corinthians, por exemplo, que foram para o outro lado do mundo e voltaram com uma bela conquista nas mãos.

Deixo claro que falo do momento atual do futebol continental. Enquanto o Brasil passa por renovações e uma grande burocracia, países como Argentina, Chile e Uruguai buscam retomar o futebol vitorioso. Mas ainda há muito o que melhor.

Entretanto, quando falamos de renovação, colocar isso na prática é bem diferente. Ainda não aceitamos bem a ideia do árbitro de vídeo, que está se popularizando na Europa, e as categorias de base ainda são uma incógnita. O mercado de jogadores fabricados no Brasil está precisando de revelações, que possam realmente defender a seleção brasileira. Depender apenas de Neymar, Gabriel Jesus e, possivelmente, Vinicius Junior é muito pouco para um país que teve referências como Pelé, Zico, Garrincha, Ademir da Guia e Taffarel.

Fica o aviso para 2018. Estamos longe de ser o melhor futebol do mundo. E o Mundial de Clubes de 2017 mostrou isso.

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