(Foto: EFE) |
O tri está cada vez mais perto. Em uma partida disputada, com todos os elementos de uma final de Libertadores, o Grêmio venceu o Lanús por 1 a 0 na noite desta quarta-feira, na Arena, e leva a vantagem para os 90 minutos que decidem a competição, daqui a uma semana, na Argentina. Após quase sofrer o gol no primeiro tempo, Renato Gaúcho mostrou a estrela que brilha mais alto no firmamento tricolor e colocou Jael e Cícero na etapa final. Com passe do centroavante, o meio-campista superou Andrada aos 37 minutos e fez o estádio explodir. O título gremista está logo ali.
Com a vitória, o Grêmio precisa de um empate para erguer a taça no dia 29, no estádio La Fortaleza, em Lanús. Se os argentinos devolverem o placar de Porto Alegre, a decisão vai para os pênaltis. Ainda, na final da Libertadores, não há saldo qualificado. Ou seja, se o Tricolor marcar, mas perder por um gol de diferença, tudo se decide também nas penalidades.
Não há decisão sem nervosismo. E, quem esperava um jogo fácil para o Grêmio, errou. O Lanús não deu espaço para o time da casa. E, a partir da metade do jogo, com a confiança aumentando, começou a se soltar. O time foi para frente e só não saiu em vantagem porque Marcelo Grohe vive fase espetacular. O goleiro fez dois milagres, em lances de Martínez e Braghieri. No final, Ramiro caiu na área após dividir com marcadores argentinos, mas a arbitragem entendeu o lance como normal.
O Grêmio voltou melhor do intervalo e passou a controlar as ações, com o Lanús postado para se defender. Aos 10, Bruno Cortez soltou uma bomba de fora da área e obrigou Andrada a fazer sua primeira defesa. Renato tirou Jailson, Fernandinho e Barrios para as entradas de Cícero, Everton e Jael. Cícero mandou uma cabeçada por cima aos 31. Mas aos 37 ele definiu a vitória. Edílson fez um longo lançamento quase do meio de campo, Jael desviou de cabeça, e o meio-campista deu um leve toque na bola para mandar ao gol. No último lance do jogo, Jael foi derrubado na área, mas o árbitro Júlio Bascuñan preferiu encerrar a partida, para a ira dos tricolores.
A situação estava difícil, complicada, nervosa. Com Arthur e Luan em noite apagada e bem marcados, o Grêmio pouco conseguia criar. Renato Gaúcho percebeu que precisava mudar. Sacou Jailson, Fernandinho e Barrios para colocar Cícero, Everton e Jael. Deu certo. Aos 37 minutos do segundo tempo, Edílson fez um lançamento desde o meio de campo para a área. Encontrou a cabeça de Jael, que deu um passe consciente na passagem de Cícero. O meio-campista deu um leve toque na bola, suficiente para enganar Andrada e fazer os 55 mil gremistas explodirem em alegria.
Os gremistas reclamaram muito da arbitragem do chileno Júlio Bascuñan no fim dos dois tempos. Primeiro, cobraram pênalti em Ramiro, ao cair na área do Lanús aos 44 da etapa inicial. Até mesmo Renato Gaúcho adentrou ao gramado. Mas no fim de jogo foi ainda mais forte. Tudo porque, no último lance da partida, Jael foi empurrado por Aguirre dentro da área. Bascuñan nada marcou e ainda aproveitou a polêmica para dar o apito final. Desta forma, o árbitro de vídeo não poderia mais ser utilizado, o que despertou mais raiva dos tricolores. As reclamações foram até o túnel de acesso ao campo, com indignação da comissão técnica e dirigentes tricolores.
Marcelo Grohe anda impossível. Já tinha sido herói da passagem do Grêmio à final da Libertadores por ter salvado de forma espetacular chute à queima-roupa do atacante Ariel, do Barcelona de Guayaquil. No primeiro tempo, fez outra defesa para entrar no ranking das maiores do século 21. O lance aconteceu aos 39 minutos. Após cobrança de escanteio, Braghieri subiu mais alto que a marcação e cabeceou para baixo. Grohe, mais uma vez, voou de forma espetacular e evitou o gol do time argentino. A cabeçada do jogador do time argentino aconteceu a 8,4m do gol.
Kannemann e Braghieri estão fora da grande decisão, na Argentina. Os zagueiros de Grêmio e Lanús receberam o terceiro cartão amarelo e estão suspensos. Pelo lado tricolor, o substituto deve ser Bressan. Mas o gringo saiu de campo alucinado. Depois de ser advertido, ainda no primeiro tempo, pressionou o árbitro em todos os lances de falta dos argentinos cobrando cartões. Ao final, mais uma vez indignou-se e deixou o campo da Arena irado.
Uma multidão em azul, preto e branco ocupou as cadeiras da Arena para empurrar o Grêmio em busca da vitória. E o estádio lotou, com muita festa, bobinas, fumaça e até sinalizadores. Mas também muito nervosismo. A expectativa de superar o público da final da Copa do Brasil do ano passado, no entanto, não ocorreu. A Arena registrou 55.188 pessoas, diante de 55.337 contra o Atlético-MG. Do total, 4 mil argentinos lotaram o setor Superior Sul. A renda ultrapassou os R$ 6,5 milhões.
Globo Esporte
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