Moacir Júnior descarta retorno e alfineta diretoria do Botafogo-SP em comunicado

(Foto: Agência Botafogo)

Por Nicholas Araujo
Redação Blog do Esporte


Com seu nome ligado a um possível retorno ao Botafogo-SP, o técnico Moacir Júnior descartou sua volta para o Pantera de Ribeirão Preto nesta terça-feira (19). Em comunicado em uma rede social, Moacir elogiou boa parte dos jogadores que treinou durante o Campeonato Paulista, mas criticou a diretoria por lhe ofertar uma redução de salário para a série C do Campeonato Brasileiro.

No comando botafoguense, Moacir Júnior alcançou as quartas de final do Campeonato Paulista de 2017, mas foi eliminado pelo Corinthians em Itaquera. Um impasse para a renovação de seu contrato para o Brasileiro fez com que Moacir deixasse o clube e abrisse espaço para Rodrigo Fonseca.

O ex-técnico elogiou jogadores como os atacantes Marcão e Kauê e os laterais Fernandinho e Raul Prata, além do advogado Alexandre Bortolato e do médico Alexandre Veja. Porém, mas não citou o nome do presidente Gerson Engracia Garcia.

Confira a nota na íntegra:

"NOTA A COLETIVIDADE BOTAFOGUENSE

Como muitos sabem, escolhi Ribeirão Preto para constituir minha família. Aqui moro há quase 15 anos. Nesse tempo, mais do que respeitar, aprendi a gostar do Botafogo, time do coração de minha esposa, sogro, cunhado e meus dois filhos. Por isso, gostaria de me dirigir à torcida botafoguense para esclarecer:

Fui contratado pelo Botafogo em outubro do ano passado com três missões: manter o time na Série A1 do Paulistão (uma vez que em 2016 tinha salvo na última rodada); classificar à segunda fase e, com isso, trazer um "jogo grande" para Ribeirão Preto; e satisfazer a necessidade financeira do clube, com a negociação de pelo menos dois atletas.

Para isso, assumi o elenco remanescente da Série C e indiquei apenas contratações pontuais, como os atacantes Marcão e Kauê (Jabur), os laterais Fernandinho e Raul Prata, o zagueiro Gualberto, os volantes Marcão Silva e Bileu, e os meias Rafael Bastos, Bernardo e Fernando Medeiros. Em sua maioria, jogadores que responderam satisfatoriamente á nossa exigente e apaixonada torcida.

Missão dada, missão cumprida. Mesmo algumas vezes sendo obrigado a segurar (em jogos como contra o Corinthians e o Santo André, por exemplo) o ímpeto dos atletas, dirigentes e até mesmo dos torcedores em prol do objetivo traçado, conseguimos com muito esforço atingir as três metas. Ainda que muita gente internamente tenha trabalhado e torcido contra, terminamos o Paulistão em sexto lugar, fizemos as quartas-de-final contra o Corinthians (melhor média contra eles nos 180 minutos este ano) e o clube negociou Diego Pituca e Matheus Mancini.

A intenção era continuar para a Série C, na qual teríamos grande possibilidade de acesso, mantendo a sequência de trabalho e repondo pontualmente as peças perdidas. Não houve, porém, o devido reconhecimento e respeito . Me foi proposto uma redução salarial drástica e com a maioria dos atletas trazidos por mim o acerto não foi condizente com o combinado (deixaram pendências com Fernandinho, Gualberto, Bileu e outros).

Hoje fico muito honrado em ver o meu nome citado pela torcida, a qual aprendi a admirar, e também pela nova diretoria de futebol, tendo à frente o cardeal Luiz Pereira. Porém, em abril, após o término do Paulistão, fui procurado pelo Linense, com o qual assinei um pré-contrato para o próximo campeonato. Tenho certeza que novos desafios à frente do Botafogo ainda virão. Mais do que uma vontade é um compromisso, inclusive com aqueles que amo.

Agradeço a todos pelo carinho. Em especial ao sr. João Cebinho e toda Comissão Técnica, aos diretores Fernando Gelfuso, Leandro Vieira e Rodrigo Rocha, ao coaching Gustavo Evangelista, ao advogado Alexandre Bortolato, ao nosso médico e grande torcedor Alexandre Vega e fisioterapeutas e a toda a imprensa ribeiraopretana. Ao grande amigo Maurinho Saquy,Giba da Panificadora Paulista e Paulinho Junqueira. E de forma incondicional à fantástica torcida botafoguense: só quem já teve a honra de representar essa camisa sabe a real dimensão e força dessa massa. Valeu, Botafanáticos.

Até breve! Moacir Junior".

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