Com apenas três da Rio 2016, Brasil empata com o Canadá e passa em 2º

 (Foto: Simone Castrovillari/SSPress/CBDA)


A seleção brasileira de polo aquático lembrará com muito carinho do dia 21 de julho de 2017. Nesta sexta-feira, o time, totalmente renovado com relação aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, empatou em 6 a 6 com o Canadá em partida válida pela terceira rodada do Grupo A do Mundial de Budapeste, ficou em segundo lugar na chave pela primeira vez na história do evento, avançou para a próxima etapa e, de quebra, se garantiu na Copa Fina do ano que vem. Esse torneio acontece de quatro em quatro anos e reúne os melhores de cada continente e, como Canadá e Estados Unidos terminaram eliminados logo na primeira fase, os brasileiros asseguraram um lugar na competição que, de importância, só perde para o próprio Campeonato Mundial.

O Brasil entrou na água contra o Canadá precisando "apenas" de um empate para eliminar o rival e seguir em frente na competição. Mas, seria um jogo duro. Só como comparação, no Mundial de 2015, a seleção, recheada de jogadores naturalizados e repatriados, perdeu para os próprios canadenses por 10 a 6.

No regulamento, os 16 times estão divididos em quatro grupos com quatro países. O primeiro colocado, no caso Montenegro, passou direto às quartas de final, enquanto o segundo (Brasil) e terceiro (Cazaquistão) colocados jogarão as oitavas. O quarto (Canadá) foi eliminado da disputa por medalhas. O adversário da seleção nas oitavas de final ainda não está definido, mas muito provavelmente será a Austrália.

Quem tomou frente no placar foi o Brasil, com Roberto Freitas, mas até o início do segundo período, os canadenses conseguiram abrir 3 a 1. Em menos de dois minutos, Grummy e Gustavo Coutinho deixaram tudo igual. Antes do fim do segundo quarto, cada time marcou um gol, e o placar ficou 4 a 4.

Na etapa seguinte, Anderson marcou 5 a 4 para o Brasil, mas os canadenses viraram para 6 a 5. Faltando cinco minutos para o fim do jogo, Gustavo Coutinho deixou tudo igual. Aí, a partida ficou tensa até o fim, mas a seleção conseguiu segurar o resultado.

A campanha se demonstra ainda mais impressionante quando se nota quantos jogadores pediram dispensa ou acabaram não convocados pelos mais variados motivos. Na Olimpíada do Rio, o Brasil contou com seis jogadores "gringos", ou naturalizados ou repatriados. Josip Vrlic e Slobodan Soro não tinham família brasileira, e vieram ao país para jogar pela seleção. Felipe Perrone, segundo melhor jogador do mundo, tem dupla cidadania e provavelmente voltará a atuar pela Espanha nos próximos anos, o mesmo acontecendo com Ádria Delgado. Gonzaléz é cubano, casado com brasileira, e já é naturalizado, enquanto Paulo Salemi é italiano e brasileiro. Do sexteto, apenas Soro está jogando este Mundial.

Além disso, nomes que marcaram a seleção nos últimos anos, como Rudá Franco, Felipe "Charuto", Bernardo Gomes e Guilherme Gomes não estão na competição pelos mais variados motivos. O técnico da Rio 2016, o croata Ratko Rudic, saiu do comando, deixando Angelo Coelho, seu auxiliar na Olimpíada, como treinador.

Na estreia, disputada na segunda-feira, a seleção conseguiu a vitória sobre o Cazaquistão por 6 a 2. Na segunda rodada, quarta-feira, contra Montenegro, uma das favoritas ao título, a seleção acabou derrotada por 14 a 5.

Globo Esporte

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