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Por Nicholas Araujo
Redação Blog do Esporte
O mundo dos videogames ganha, a cada dia, mais adeptos interessados na jogabilidade cada vez mais objetiva e na profissionalização como uma porta para o mercado de trabalho no universo online. Ao encontro destas ideias, as produtoras dos games como FIFA e Pro Evolution Soccer (PES), por exemplo, apostam em gráficos mais realistas e experiências impressionantes para os jogadores.
Atualmente, o mercado digital é alimentado pelas competições de League of Legends (LOL), Clash Royale e Dota 2, por exemplo. Estes estilos de jogos são voltados ao universo dos computadores e hoje são um grande fenômeno no mercado nacional (com a disputa do Campeonato Brasileiro de LOL - CBLOL) e também mundial, que reúne as melhores equipes de cada país afiliado.
Na última segunda-feira (19/06), a Confederação Brasileira de Futebol Virtual (CBFV) fechou uma parceria com a Confederação Sul-Americana Virtual Pro (CSVP) para trazer ao público do FIFA Pro Clubs vários campeonatos internacionais na jogabilidade online, incluindo Taça Libertadores e Copa Sul-Americana.
Conceito
O futebol virtual em questão é disputado entre equipes no modo Pro Clubs do FIFA 17. O modo consiste em partidas online entre jogadores reais, formando times de até 11 integrantes de cada lado. Caso o clube não preencha todas as posições, o game trata de acrescentar os chamados "bots", avatares controlados por inteligência artificial. No entanto, a famosa pelada se torna mais realista e cada mais profissional
A ideia do futebol online Pro Clubs teve seu primeiro crescimento em 2011, de acordo com Lucas Mendes Carneiro, um dos administradores da CBFV e presidente do FIFA BAHIA, uma equipe de Pro Clubs. “Em 2012, a modalidade do Pro Clubs começou a sua história, e ao longo dos anos, foram surgindo [mais equipes] e se difundindo no Brasil. A modalidade na qual 11 pessoas enfrentam outras 11 é simplesmente um universo perfeito do futebol virtual”, diz.
Nas últimas competições disputadas pela CBFV, segundo Lucas, ao todo 100 equipes participaram, totalizando de mil a 1.300 jogadores. O jogo, em alguns momentos, se torna uma profissão e muitos gamers se profissionalizam para lucrar com este novo mercado. “Atualmente, a modalidade já conta com alguns jogadores remunerados, outros que recebem conforme meta, os que recebem para se transferir para equipes e algumas equipes de futebol real estão se inserindo na modalidade com equipes de futebol virtual”, comenta.
Um exemplo desta mistura do real com o virtual foi o contrato de exclusividade que o Barcelona assinou com a Konami em 2016, bem como a capa do FIFA 18, que tem Cristiano Ronaldo como destaque no encarte oficial e em algumas publicidades para a divulgação do jogo.
Troféus distribuídos em competições no Brasil (Foto: Reprodução/Facebook) |
Mundo a ser explorado
Mendes destaca o aumento no número de equipes desde a primeira competição, em 2012. Enquanto no primeiro ano 72 equipes disputaram os campeonatos, no ano seguinte 100 clubes se inscreveram para os torneios. “Atualmente, estamos com Copa do Brasil e nossas Ligas, chamadas de divisão Especial, Ouro e de Acesso. Lembrando que todas fazem parte de competições testes para entregarmos nosso calendário final e definitivo, que será implementado no FIFA 18”.
A parceria com a Confederação Sul-Americana colocará o Brasil mais próximo da realidade do continente e em contato com outros jogadores. “Estaremos em exposição na América do Sul, representaremos o Brasil nas competições internacionais e isso pode fazer com que investidores e mais parceiros cheguem até nós”.
Entretanto, o crescimento não para por aí. Mendes frisa a importância desta união continental e dos futuros eventos a serem disputados. E o mercado só tende a crescer.
“A jornada é longa. É importante termos alcançado o mercado Sul-Americano, mas nossas ambições seguem em expandir cada vez mais nossa marca. Precisamos cada vez mais apoio para podermos divulgar nosso trabalho e tornar o futebol virtual cada vez mais profissional”, finaliza.
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