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Seguem longe de um consenso as conversas a respeito da indenização a ser paga pela seguradora da LaMia aos familiares das vítimas do acidente com o avião da Chapecoense, em novembro passado. Dois meses e meio após reunião em Florianópolis, a proposta apresentada de US$ 200 mil (R$ 653 mil) desagrada a maioria dos representantes, que buscam negociações individualizadas por um valor maior. O próprio clube entrou em contato com os envolvidos informando esta tendência, e boa parte das viúvas de jogadores, por exemplo, acionou um escritório americano especializado em tragédias aéreas.
Em e-mail destinado aos familiares das vítimas na última semana, a Chapecoense reforçou que vem estabelecendo contato com a Bisa Seguros e Resseguros S/A para tratar do tema. A empresa, por sua vez, mantém a posição de que a apólice com a LaMia não tinha mais validade na época do acidente e que um "Fundo de Assistência Humanitária" foi criado, oferecendo o montante citado acima mediante "número elevado de adesões", o que se torna inviável com o desmembramento da ação coletiva.
No comunicado, a Chape deixa claro ainda que "vários familiares anteciparam a intenção de majoração do valor ofertado", o que significa negociações diretas com a Bisa, sem o auxílio jurídico do clube - que repassa ainda os contatos determinados para tal em anexo no e-mail. Internamente, a postura da seguradora de abrir conversas com os representantes das vítimas é visto como um fator positivo e de flexibilidade de quem inicialmente exigia unanimidade para o pagamento da indenização.
Cerca de 15 famílias que buscam esse tipo de negociação - em sua maioria ligadas a jogadores - acionou o escritório americano Podhurst Orseck para representá-las. Sediado em Miami, o grupo é especialista em desastres aéreos e já iniciou os contatos para assumir os processos. Apesar da mudança de rumo das conversas, a Chapecoense informa que segue à disposição de envolvidos.
Globo Esporte
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