(Foto: Luciano Claudino/Folhapress) |
Por Nicholas Araujo
Redação Blog do Esporte
A contratação do meia Richarlyson pelo Guarani causou um alvoroço em Campinas e protestos homofóbicos contra o jogador. O atleta evitou de aumentar a polêmica na coletiva de imprensa e espera que a torcida possa apoiar a escolha e incentivar o grupo a buscar o título do Campeonato Brasileiro da série B.
O futebol ainda preserva algumas "brutalidades" de seu início, mesmo hoje, que sabemos da existência de homossexuais no esporte, mas praticamente todos não "saem do armário" por este mesmo medo de não conseguir mais vagas nos clubes, sejam times brasileiros ou estrangeiros.
Enquanto discutimos a liberdade de gênero e as lutas pelas causas LGBT, o futebol continua a "tapar o sol com a peneira" e deixa de enxergar tal integração. Ainda vivemos em um mundo onde o esporte mais "bruto" é "para meninos", enquanto as mulheres e homossexuais são colocados a margem deste meio. Não é a toa que o futebol feminino ainda é "desprezado" por alguns torcedores e clubes. Nem mesmo a CBF coopera para balancear essa diversidade.
Richarlyson abre portas para um mundo ainda desconhecido do meio futebolístico. O engraçado é que fatos deste gênero "chocam" as pessoas, enquanto casos como o goleiro Bruno passam despercebido pela população. Enquanto Bruno foi recebido com festa, Richarylson foi xingado e ameaçado por torcedores.
Que sociedade é essa que inverte de modo bruto os valores? Onde está a "união pelo esporte"? Somos tão pequenos a ponto de exaltar um "criminoso" ao invés de um gay?
Definitivamente, não aprendemos nada com 2014.
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