(Foto: Sirli Freitas/Chapecoense) |
O novo elenco da Chapecoense passa por um momento conturbado, com cinco derrotas nos últimos seis jogos. A série só não é pior porque venceu o Avaí no jogo de ida da final do Campeonato Catarinense. Além dos resultados negativos em sequência, o Verdão também demonstrou que algo da parte psicológica se perdeu em relação ao bom início de ano. Foram 26 cartões recebidos. Entre eles, cinco expulsões. Na véspera de iniciar a principal competição no ano, o alerta foi ligado.
A Chapecoense enfrentou uma maratona de jogos com várias decisões. De bom, apenas a conquista inédita do bicampeonato catarinense. O time ficou em situação complicada na Libertadores, largou atrás na Copa do Brasil e perdeu o título da Recopa Sul-Americana. Mais do que isso, se mostrou um time frágil psicologicamente, que entra com facilidade na “pilha” dos adversários e perde o controle com mais facilidade ainda.
Neste curto período de tempo, com seis jogos disputados, a Chape teve cinco jogadores expulsos. Andrei Girotto, por exemplo, foi para o chuveiro mais cedo duas vezes - contra Avaí e Atlético Nacional. Rossi e Luiz Otávio, contra o Nacional-URU, e Nenén, no segundo jogo contra o Avaí, completam a lista. As suspensões obrigam Vagner Mancini a mexer em um time com poucas peças de reposição que mantenham seu esquema tático. Prova disso foi a opção por um zagueiro improvisado na vaga deixada por Girotto no segundo jogo da final estadual.
Mas não foi só o cartão vermelho que apareceu com frequência para a Chape. O time também levou 21 amarelos. Até mesmo Reinaldo, que ainda não havia sido advertido na temporada, foi amarelado duas vezes pela arbitragem neste período.
Só nestes seis duelos, o Verdão levou mais da metade de todos os cartões que havia recebido nos outros 24 jogos de 2017. Até então com 46 cartões recebidos (44 amarelos e dois vermelhos), o clube agora contabiliza 72 (65 amarelos e sete vermelhos).
Na véspera de fazer o primeiro jogo da competição mais importante do ano para o clube e sem retornar para casa após a final da Recopa, Mancini terá pouco tempo para conversar com seus comandados. Mas sem a pressão por título e classificação, talvez seja a hora de pisar no freio, baixar a adrenalina e fazer o que o time mais sabe: jogar bola.
Globo Esporte
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