Filho de Caio Jr. nega valor de ação contra a Chape e explica desabafo

(Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo)


Matheus Saroli, filho do ex-técnico, refutou o valor de um possível processo da família contra a Chapecoense. O jovem negou que a família tenha entrado com uma ação de R$ 30 milhões contra o clube, e disse que a quantia não entrou em pauta nas conversas com o advogado. Ele falou sobre o assunto durante a inauguração da Sala de Imprensa Caio Jr., do Paraná Clube, na Vila Capanema, nesta quarta-feira.


- No momento, nós não temos nenhum processo contra a Chapecoense e o valor que foi falado nós nunca ouvimos falar, nunca pensamos e nem chegamos a falar, nem entre eu e meu advogado. Isso é uma situação que queremos deixar claro, porque às vezes deixa uma imagem errada do que a nossa família é e do que meu pai foi.

Saroli reconheceu a possibilidade de um processo contra a Chape, mas disse que o "valor altíssimo" especulado nesta semana não é verdadeiro. De acordo com o filho de Caio Jr., uma ação judicial desse porte não é o que as famílias precisam. 

- Vamos emitir uma nota oficial sobre a situação, mas saiu uma notícia que citava que a nossa família, citava o nome do meu pai, tinha entrado na justiça contra a Chapecoense, exigindo um valor altíssimo. Isso não é verdade. É possível que aconteça uma ação contra o clube e contra as partes. Mas esse valor é completamente surreal e isso cria uma imagem ruim para nós. Não é o que a gente precisa lidar neste momento.


No dia do primeiro jogo da Recopa 2017, com homenagens realizadas em Chapecó, Matheus Saroli fez um desabafo nas redes sociais, sobre o tom que a nova diretoria da Chapecoense trata dos assuntos do acidente aéreo. Segundo o filho de Caio Jr., a relação com a Chape "esfriou", por conta da política dos novos dirigentes. Ele fez questão de reforçar que a família não quer "prejudicar o clube".  

- Em relação ao desabafo que eu fiz, é a minha opinião. É a minha postura em relação a como as coisas foram feitas, neste semestre, pelo clube. Eu continuo tendo minha opinião e vou lutar pelo nome e pela memória de todos os que estavam naquele avião. Eu não acho que estão sendo esquecidos, porque esquecer é impossível. O foco do clube não foi o que, na minha opinião, é primário, que seriam as famílias. Diante de um momento diferente, que nunca aconteceu, com a boa vontade da CBF, a boa vontade da Conmebol, eu acredito que o clube poderia ter lidado com essa situação de uma maneira diferente. As pessoas de fora podem ter uma opinião, as que trabalham no clube hoje também, mas essa é a minha opinião - disse Saroli. 

Globo Esporte

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