(Foto: Márcio Mará) |
Palavra de quem entende como poucos de Olimpíada, medalha e ginástica. Diego Hypolito aprovou com louvor a escolha de seu ex-técnico, Marcos Goto, como novo coordenador técnico da ginástica masculina e feminina do Brasil na preparação para os Jogos de Tóquio, em 2020. Na fase final da recuperação de uma cirurgia na coluna para se livrar de fortes dores, o medalhista de prata no solo da ginástica artística é um dos que mais conhecem o trabalho de Goto e não escondeu o otimismo com a escolha.
- Gostei muito. Acho que ele é o mais estruturado, é uma pessoa bastante centrada, sou fã dele como pessoa também, acredito que vai organizar bastante coisa, a gente passa por um período bastante complicado no país. Tomara que isso não influencie diretamente na ginástica. A gente teve resultados muito expressivos nas Olimpíadas. Acredito que com toda organização do Marcos e da Confederação a gente possa ter um ano muito bom - afirmou o ginasta, que participou na tarde desta quarta-feira no "Planeta SporTV".
Na Rio 2016, a seleção masculina foi comandada por Renato Araújo, que arrumou as malas para o Canadá por razões pessoais e profissionais. Na seleção feminina, o técnico-chefe era o russo Alexander Alexandrov. Goto começou a ganhar destaque por ter conduzido Arthur Zanetti ao ouro olímpico nas argolas nos Jogos de Londres 2012. Tanto que levou o prêmio de melhor treinador de esportes individual naquele ano. E também em 2013. O técnico também teve participação fundamental nas conquistas das pratas de Zanetti (argolas) e Diego Hypolito (solo) na Olimpíada do Rio de Janeiro, no ano passado. Diego lembra que nada foi por acaso.
- Não é possível o Zanetti ter conseguido duas medalhas olímpicas e depois que eu comecei a treinar com ele eu ser medalhista olímpico sem mérito dele... Então alguma coisa ele tem de diferente. Tem total capacitação para isso. Planejamento. Grande parte da seleção não tinha. E eu acho que tudo só dá certo assim.
Sem falar com Marcos Goto há duas semanas, por conta ainda da recuperação pós-cirurgia, Diego garantiu que a amizade continua sólida. O incidente antes dos Jogos do Rio, em que o então treinador impediu o atleta de participar do "Programa do Faustão" para se preservar, não afetou em nada o relacionamento. Muito pelo contrário.
- Claro que continuamos amigos, não tenho briga com ninguém. Aquilo lá não teve nada a ver com o treinador. Na realidade foi uma coisa em que ele me ajudou porque era um período de definição de seleção e não tenho problema algum. Pelo contrário, eu só fui para as Olimpíadas por causa dele. Se não fosse o Marcos eu não teria competido n os Jogos Olímpicos.
Nas mudanças no comando da ginástica, Klayler Mourthé continua no cargo de supervisor geral. Leonardo Finco trocou o cargo de coordenador da seleção masculina pelo de gerente esportivo, ficando responsável pela logística das seleções brasileiras. A nova estrutura tem como objetivo fortalecer os clubes e, com isso, fortalecer a modalidade de olho, principalmente, em Tóquio.
Globo Esporte
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