Ponto de Opinião: 7 desafios do futebol brasileiro para a retomada de sua paixão

(Foto: Reprodução)


Atualmente, o futebol brasileiro vive uma incógnita em sua história. Enquanto as glórias do passado dão lugar para disputas judiciais e incompatibilidade de clubes e federações, nada plausível é feito para que o cenário mude e que possamos retomar aquele futebol vistoso que fez do país pentacampeão mundial.

O Blog do Esporte lista sete desses desafios para os próximos anos:


Futebol: o esporte no sentido de ser jogado. Hoje são poucos os que se destacam pelo futebol diferenciado, ou então são exaltados pela massa da imprensa, mas logo somem dos holofotes, quando não dão mais “lucro” para o noticiário diário. E isto é reforçado pela própria mídia, que virou sinônimo de sucesso para os jogadores. Não é errada a exposição, é até saudável, mas ela precisa ser mais bem pensada, para não se sobrepor ao futebol dentro de campo.

Política: As diretorias dos clubes precisam ser mais bem elaboradas. Não existe uma diretoria que pense 100% igual a todos seus integrantes, sempre haverá diferenças, e isso é bom, mas não no momento em que prejudica o time. O nome que é levado os campos é o do clube, que sofre com a diretoria incompetente ou mesmo de alguns membros que querem se dar bem nas custas dos outros. Uma boa diretoria deve trabalhar pelo clube e não pelo seu bem pessoal.

Transmissão: O futebol brasileiro vem sendo dominado há muitos anos por apenas uma emissora de televisão, que toma conta do esporte pra si e se valoriza na hora de vender para a concorrência. Precisamos de alternativas ou mesmo que esse modelo “ditatorial” possa ser modificado. Não é a toa que a briga entre Atlético-PR e Coritiba com a federação estadual resultou na - barrada – transmissão pelo Youtube. Se o Brasil é um país de democracia, o futebol também precisa ser democrático.

Jogador x Clube: Como diz uma famosa frase: “Nenhum jogador é maior que o clube”. Esta afirmação está cada vez mais caindo por terra quando os times se enfiam em dívidas para trazer jogadores milionários e que não rendem o esperado. Temos inúmeros exemplos (Pato no Corinthians; Ganso no São Paulo; Robinho no Santos em suas diversas passagens) de fracassos no mercado, e são esses que trazem as dívidas exorbitantes as equipes. O futebol gira em torno do seu mercado bilionário de vendas e compras, e infelizmente, alguns jogadores se acham os donos do mundo.

CBF: Hoje a Confederação é um mar de interesses políticos e pessoais. Não há uma vertente a ser defendida. Os casos de corrupção só aumentam a sina de que o futebol brasileiro é mal administrado. Não é a toa que temos os casos dos “elefantes brancos” da Copa de 2014, além do abandono inacreditável do Maracanã após as Olimpíadas de 2016. O futebol não cresce enquanto a entidade se mantém cercada de “vampirismos”.

Estádios: Ainda na questão estádio, os mesmos estão em situações horríveis de infraestrutura e muitos estão inutilizáveis para a prática do futebol. A fiscalização é mínima e muitos desses locais impróprios são escolhidos como sede. Um perigo para quem vai ao estádio assistir aos jogos e para quem é protagonista desse espetáculo.

Transparência: Precisamos de mais verdades no esporte. Viver em um país com muitos “segredos” prejudica o esporte que deu auge incrível para o Brasil. Precisamos de gente séria que trabalhe pelo futebol e que trabalhe pelos torcedores.

Se isso vamos conseguir eu não sei, mas precisamos sair desse amadorismo ou nunca vamos ser dignos de ostentar o título de pentacampeão mundial.

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