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Chegou ao fim, nesta sexta-feira, a luta da Manor para achar investidores e continuar disputando o Campeonato Mundial de Fórmula 1. Inicialmente divulgada pela "BBC" a informação foi confirmada pela administradora do time. A empresa que administrava a escuderia (Just Racing Services Ltd) entrou em processo de recuperação judicial no começo de janeiro e, desde então, procurava compradores interessados em assumir as operações do time da F1. Ao que tudo indica, ofertas foram feitas, mas nenhuma agradou o atual dono, Stepehn Fitzpatrick. Assim, a Manor não disputará a temporada 2017, deixando o grid atual com 10 equipes e praticamente selando o destino de Felipe Nasr neste ano, já que era na escuderia as últimas duas vagas restantes no grid.
Ironicamente, o destino de Nasr pode ter sido selado no GP do Brasil, na sua melhor atuação em 2016, quando sob muita chuva, conquistou o nono lugar, dois pontos para a Sauber no Mundial e, consequentemente, tirou cerca de R$ 50 milhões da Manor. Após ter dito no GP de Abu Dhabi que perder essa verba para a rival suíça não seria fator decisivo para permanência da Manor na F1, o dono da equipe Stephen Fitzpatrick, voltou atrás. De acordo com ele, o destino da equipe foi selado com a perda do 10º lugar na tabela do Mundial de Construtores, que teria afastado investidores interessados em injetar dinheiro no time.
- Em 2015 tínhamos um desafio com um objetivo claro: era imperativo que terminássemos em 10º ou acima na temporada 2016. Por boa parte da temporada, estivemos no caminho certo, mas o dramático GP do Brasil acabou com nossas chances de alcançar esse resultado, transformando em dúvida a participação da equipe em 2017 – alega Fitzpatrick.
Na última etapa de 2016, o dono da Manor havia rechaçado que a perda da posição para Sauber selaria o futuro do time.
- Não foi decisivo. Óbvio que não ajuda financeiramente. Mas quando se está em 10º, com apenas um ponto marcado e duas corridas para o fim da temporada, sabemos que diversas coisas podem acontecer. E a gente antecipa estes cenários. Então, do meu ponto de vista, é desapontador, mas não inesperado. Não foi uma surpresa - falou sobre a perda do dinheiro para a Sauber.
A vida das equipes menores na F1 não é fácil. Com pouco orçamento e um sistema de pagamento de prêmios que não ajuda quem está por baixo, a cada ano uma escuderia deixa a disputa ou é comprada e muda de nome. Foi o que aconteceu com a Marussia, ao fim de 2014, quando entrou em recuperação judicial e se tornou a Manor, criada em 2015.
Globo Esporte
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