(Foto: Amanda Kestelman) |
A tragédia que vitimou quase todo o elenco da Chapecoense na madrugada da última terça-feira, em Rionegro, na Colômbia, comoveu o mundo e abalou o emocional de vários jogadores. Entre eles alguns do próprio clube que não viajaram.
É o caso do goleiro reserva Nivaldo, que está no Verdão do Oeste desde 2007 e, aos 42 anos, planejava se aposentar ao fazer o seu jogo de número 300 pela equipe contra o Atlético-MG na Arena Condá.
Havia um planejamento para ele entrar nos minutos finais contra o Palmeiras para completar 299 partidas e deixar para ser homenageado na última rodada do Campeonato Brasileiro. Mas como a programação mudou, e a delegação viajaria direto da São Paulo sem retornar a Chapecó, o jogador foi tirado do voo de última hora.
– Era para eu ir na viagem e acabei ficando. Tudo tem um propósito na vida. Acabei ficando porque eu iria jogar, talvez contra o Palmeiras, porque iria fazer minha despedida no jogo aqui contra o Atlético-MG, quando iria completar 300 jogos pelo clube. Como houve mudança na viagem, eles não retornariam a Chapecó e iriam direto de São Paulo para Medellín. Então o Caio falou que não iria me levar porque como não iria jogar abriu opção para levar outro atleta. Disse que não tinha problema. Infelizmente aconteceu o acidente – disse às lágrimas.
Ao voltar à Arena Condá nesta quarta-feira, Nivaldo se mostrou muito abalado e confirmou não ter cabeça para jogar mais ao ser questionado pela imprensa se teria encerrado a sua carreira.
– Como atleta sim, momento de pensar no clube, junto com os que aqui ficaram, para que a gente possa formar uma nova Chapecoense.
O acidente na Colômbia matou 71 pessoas e deixou seis feridas, entre elas três jogadores da Chapecoense. O goleiro Jackson Follmann teve uma perna amputada e não conseguirá mais jogar futebol. Os outros dois, o zagueiro Neto e o lateral Alan Ruschel, estão em estado crítico.
Globo Esporte
Comentários
Postar um comentário
Deixe seu comentário!