Depois de 36 anos, Ron Dennis sai da McLaren pela porta dos fundos

(Foto: Robert Cianflone/Getty Images)


Depois de 36 anos atuando em posições de comando na McLaren, Ron Dennis está de saída da equipe. E pela porta dos fundos. O inglês chegou a apelar à Suprema Corte contra a decisão dos acionistas de não renovar seu contrato, mas não conseguiu mudar a situação e terá de deixar a empresa - e, consequentemente, a equipe, já na semana que vem, de acordo com informações apuradas pelo UOL Esporte.

O inglês de 69 anos tem 25% das ações do Grupo McLaren, dividindo o controle da equipe com Mansour Ojjeh, que também tem 25%, e o grupo barenita Mumtalakat, que possui outros 50%. Nos últimos dois anos, contudo, Dennis vem tendo problemas com os acionistas, que culminaram com a tentativa de compra comandada por ele junto de um consórcio chinês. Descontentes com a maneira como Dennis vinha conduzindo o negócio, os demais acionistas decidiram não renovar seu contrato como CEO.

A reação do dirigente foi ir à Justiça contra o término de seu contrato, que seria no final do ano. Porém, com a decisão contrária, o inglês terá de deixar o cargo ainda em novembro.

A decisão é duplamente ruim para Dennis, que, mesmo fora do comando geral do Grupo McLaren, ainda poderia ser o chefe da divisão de carros esportivos da marca. Porém, no atual cenário, o ex-chefe de Ayrton Senna perde qualquer chance de manter algum cargo de liderança na instituição.

Dennis começou na Fórmula 1 ainda como mecânico, tornou-se chefe-de equipe nos anos 1970 e tomou o controle da McLaren, junto de Ojjeh, em 1980. A equipe viveu seu melhor período, dominando a F-1 no final dos anos 1980 e 1990, sob seu comando. Em 2009, contudo, Dennis deixou o comando direto do time e passou a se focar no desenvolvimento dos projetos de carros de rua, não atuando mais diretamente no time da F-1.

UOL Esporte

Comentários