(Foto: Reprodução/Twitter) |
A divulgação do calendário provisório da próxima temporada da Fórmula 1 com a prova do Brasil sendo uma das três ainda não confirmadas em 2017 surpreendeu muitos no paddock, mas não os pilotos brasileiros. Sabendo da condição econômica do país, Felipe Massa e Felipe Nasr reconhecem o risco de que o evento realmente não aconteça, mas o piloto da Williams lembrou que a pressão para fechar acordos mais vantajosos é prática comum na categoria.
Massa foi criticado duramente pelos organizadores da prova quando questionou o futuro do GP em junho e, em entrevista exclusiva ao UOL Esporte, voltou a dizer que sua opinião vem da observação da situação do país.
"Eu continuo não sabendo o que eu estou falando, quem sou eu para responder se vai ou não ter GP? É algo para as pessoas que estão trabalhando para que a corrida aconteça. Apenas dei minha opinião vendo que o momento do Brasil não é bom do ponto de vista econômico. E também vejo as coisas que o [promotor da F-1] Bernie [Ecclestone] fala: se ele fala, é porque algo está acontecendo", afirmou Massa.
"Mas espero que não aconteça, espero que tenhamos o GP por muitos anos porque isso faz parte do esporte que nós tanto amamos. É triste ver que o GP do Brasil tem esse ponto de interrogação, mas espero que tudo se resolva e que possamos ter a prova no final."
O Brasil tem contrato até 2020 e os organizadores garantem que a prova vai acontecer, porém o acordo tem cláusulas que devem ser cumpridas para que o acordo tenha validade. O mesmo ocorre com outra prova que foi colocada em dúvida no calendário, o GP do Canadá, cuja renovação foi vinculada a um projeto de renovação das instalações que ainda não foi realizado. A terceira prova colocada em dúvida é da Alemanha, que funciona em forma de rodízio entre Hockenheim e Nurburgring. Porém, as dificuldades financeiras de Nurburgring obrigam Hockenheim a receber a prova de 2017, mas os organizadores não acreditam que podem bancar duas provas em anos seguidos.
Massa também lembrou que a divulgação do calendário provisório também serve para pressionar os organizadores.
"A princípio acho que é uma pressão para que algo que eles não estão chegando em um acordo. É difícil dizer, mas acredito que seja mais pressão que realidade, até porque estamos falando da corrida do ano que vem: isso aconteceu com certa antecedência para que as coisas possam se resolver. Por outro lado, vimos na Alemanha que a corrida estava ameaçada e realmente acabou não acontecendo. Por isso é difícil dizer de fora."
Felipe Nasr é outro que não se surpreendeu com a notícia e salientou a importância do GP para a própria F1.
"Eu tinha escutado rumores sobre a condição do Brasil. Seria muito triste perder uma prova com tanta história na F-1, não só para nós pilotos, como também pela audiência, pois o Brasil tem uma das maiores audiências do mundo. Para mim, seria uma perda enorme."
UOL Esporte
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