(Foto: Rio 2016/Ana Patrícia Almeida) |
Um salto de 6,53m deu ao brasileiro Mateus Evangelista a medalha de prata no Rio 2016. A conquista aconteceu na manhã desta terça (13), no Estádio Olímpico, na final de salto em distância da classe T37, na qual competem atletas com paralisia cerebral. “É a prata mais dourada que eu já ganhei na minha vida”, afirmou o esportista, que fraturou o fêmur há um ano.
O acidente com sua perna esquerda aconteceu durante um treinamento em São Caetano, no dia 2 de setembro do ano passado. Para um competidor de salto em distância, fraturar a perna é uma das piores coisas que pode acontecer. “Pensei que minha carreira tinha acabado”, disse Evangelista, em entrevista na zona mista após a prova na qual foi o segundo colocado.
Foram necessários 8 meses de tratamento para que o atleta voltasse à sua forma física anterior. A recuperação incluiu uma operação para implantar uma haste de ferro em sua perna e muita fisioterapia. Neste período, as dores eram inevitáveis, e o esportista chegou a ter de andar de muletas. “Mas eu não queria desistir dos meus sonhos”, explicou ele.
A persistência fez com que Mateus voltasse a treinar em junho deste ano. Apenas três meses depois, no Rio 2016, ele foi capaz inclusive de quebrar o antigo recorde mundial, embora tenha durado pouco. “Vim fazer o meu melhor e, graças a Deus, eu fiz”, resume. A medalha de ouro ficou com o chinês Guangxu Shang, que saltou 6,77m e pegou para si o recorde.
Rio 2016
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