FIVB impõe regra que reduz renovações e testes nas seleções

(Foto: FIVB)


A ideia pode ser bem intencionada, mas a ingerência da Federação Internacional de Vôlei (FIVB) é exagerada: as seleções da Liga Mundial e do Grand Prix 2017 terão de convocar, ao menos, oito atletas que participaram do torneio deste e seis que estiveram na Rio 2016.

Lógico que o intuito é evitar que um time de peso desvalorize o torneio anual (que tem sido tão desvalorizado nesses últimos anos), utilize a competição para experimento ou, apenas, dar rodagem a novos atletas. Mas que mal haveria se uma comissão técnica, no primeiro ano de um novo ciclo olímpico, resolvesse testar um elenco inteiramente renovado? E que mal haveria se esse teste fosse em qualquer outro ano?

A China, nos últimos GPs, usou a fase preliminar para preparar o time principal e disputou as finais com um time B. É frustrante para quem acompanha a disputa, mas era um direito exercido pela comissão técnica – e a estratégia, já que as chinesas levantaram a Copa do Mundo 2015 e venceram na Rio 2016, demonstrou não ter impacto nas competições maiores.

Também no texto divulgado, a federação “explica” – ou tenta – que a inscrição dos jogadores será dividida em três etapas. Primeiro, a seis semanas do início dos torneios, as seleções divulgarão lista com 21 convocados. Duas semanas depois, três nomes serão cortados e sobrarão 18 jogadores. Finalmente, a dois dias do início das competições, uma relação “definitiva” de 14 jogadores.

É bem estranho pensar que em torneios com viagens intercontinentais e com quatro semanas de duração, as equipes tenham de se virar com apenas 14 jogadores. Até este ano, essa lista se referia, tão somente, aos atletas que defenderiam a seleção naquela semana de disputa, permitindo mudanças ao longo do torneio e com o transcorrer das viagens – mas clareza, convenhamos, nunca foi o forte da FIVB.

A Liga Mundial 2017 será disputada entre os dias 2 de junho e 2 de julho. Já o Grand Prix começa no dia 7 de julho e termina em 6 de agosto. As finais ainda não têm lugar definido, mas o Brasil demonstrou interesse em receber a semana decisiva do certame masculino e a China, do feminino.

UOL Esporte

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