Foram três jogos de paz e Fábio Carille já enfrentou a "ira da Fiel". O técnico do Corinthians não foi perdoado por colocar Willians no lugar de Rodriguinho, foi bastante vaiado e até viu parte da torcida aplaudir Mano Menezes no jogo que terminou com vitória por 2 a 1 em cima do Cruzeiro na noite da última quarta-feira (28).
Após o duelo, o coordenador de futebol, Alessandro Nunes, falou que parte da torcida "está jogando contra" com a atitude de xingar antes do apito final.
As reclamações partem principalmente do setor oeste do estádio em Itaquera, mesmo local que ganhou destaque por causa dos xingamentos contra o presidente Roberto de Andrade, na derrota por 2 a 0 para o Palmeiras. Na ocasião, o dirigente rebateu as críticas e depois pediu desculpa por ter se exaltado.
Naquele mesmo jogo, Cristóvão Borges acabou demitido. Antes do adeus, o ex-técnico corintiano reclamou diversas vezes das críticas que considerava exacerbada.
Carille, por sua vez, não retribuiu e, na coletiva de imprensa, disse que tudo o que faz no gramado é planejado até mesmo antes de a bola rolar.
"Quando vamos para o jogo, a gente já discute antes as substituições. No escanteio eu vi que o Rodriguinho voltou trotando e isso não é normal. Ele já tinha falado de dores na perna. E o meio-campo é um setor que o Cruzeiro encheu de jogadores. Eu passei tranquilidade para o Willians e ele entrou bem na partida", minimizou.
O técnico negou que tenha mandado Willians (que admitiu estar chateado com as vaias) voltar para o banco de reservas por causa das reclamações dos torcedores. Segundo ele, a torcida passará a apoiar o time com o tempo.
"Foram situações de jogo. O Rodriguinho colocou a mão na perna e eu precisei colocar o Willian no jogo. Adiantei o Camacho para manter o sistema. Na hora que chamei o Willians (e a torcida vaiou), o Rodriguinho pediu para esperar. Mas ele não pôde continuar. Eu acredito que a torcida vai estar com a gente depois de mostrar toda a nossa entrega", explicou.
Enquanto o setor oeste foca suas reclamações contra técnico e dirigentes, as torcidas organizadas têm como foco a diretoria. Nos últimos protestos que fez, xingou bastante o diretor-adjunto de futebol, Eduardo Ferreira, e o presidente, Roberto de Andrade.
A dupla, aliás, não descarta contratar um comandante ainda este ano, mas trata como normal uma eventual chegada apenas em dezembro. Enquanto isso, Carille leva o rótulo de "interino", mas precisa trabalhar como efetivo.
UOL Esporte
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