Anna Sergeeva/Getty Images |
A Rússia vai processar os autores do relatório feito a pedido da Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) que acusou o governo de promover um esquema estatal de doping e que fez com que muitos atletas do país ficassem de fora dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
"Estudamos o relatório e a conclusão é que ele é falso. Sua fundamentação jurídica não resiste a nenhuma crítica. Acionaremos os tribunais civis. E aqueles que o escreveram serão processados pela via penal", disse o ministro de Esportes da Rússia, Vitaly Mutko.
As autoridades do país também vão processar a empresa suíça que fabricou os recipientes usados para armazenar as amostras dos testes dos atletas acusados. Segundo o relatório elaborado pelo advogado canadense Richard McLaren a pedido da Wada, neles foram encontrados arranhões que comprovariam a manipulação de resultados.
"Queremos que façam uma avaliação pública de seu produto", indicou Mutko em entrevista a uma emissora local russa.
O ministro voltou a reiterar as supostas raízes políticas de toda a investigação que revelou o esquema de doping estatal na Rússia.
"Nos últimos quatro anos tenho a impressão que a política e as instituições se intrometeram no esporte. Vimos isso no futebol", afirmou Mutko sobre o escândalo que afetou a Fifa.
"As sanções adotadas pelo Ocidente contra Moscou por sua ingerência nos assuntos internos da Ucrânia estão se estendendo ao esporte", destacou o ministro russo.
No início desta semana, a Justiça da Rússia anunciou que quer interromper o presidente da Wada, Craig Reedie, e também o próprio Richard McLaren, que dá nome ao relatório sobre o escândalo.
"Até agora, a Wada não apresentou provas concretas de doping por parte dos atletas russos. E mais: não recebemos nenhuma resposta às suas solicitações de cooperação jurídica enviadas ao Canadá, Estados Unidos e Rússia", disse Vladimir Markin, porta-voz do Comitê do Tribunal de Instrução da Rússia.
Depois de ver sua equipe de atletismo impedida de disputar o Rio 2016, a Rússia foi banida dos Jogos Paralímpicos em virtude do relatório McLaren pelo Comitê Paralímpico Internacional.
UOL Esporte
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