Piloto que estreia no próximo GP é esperança de quebra de jejum de 20 anos

(Foto: Reprodução)


Ele fará sua estreia como piloto oficial da Fórmula 1 em uma equipe pequena, a Manor, neste final de semana, no GP da Bélgica, mas carrega uma grande expectativa: a de encerrar o maior jejum de vitórias entre os países mais tradicionais da história da categoria. O francês Esteban Ocon tem apenas 19 anos, mas já bateu Max Verstappen nas fórmulas de base e conta com o apoio da Mercedes - além de ser o piloto mais cotado para o cobiçado cockpit da Renault na próxima temporada.

O próprio Ocon admite que a chance de se tornar titular após a saída de Rio Haryanto da Manor, por falta de fundos de seus patrocinadores, o surpreendeu. "Não esperava ter essa chance tão cedo. Mas graças a todos os testes e à minha preparação, sinto-me pronto", garantiu. "Mas nunca pensei que teria essa oportunidade. Ao mesmo tempo, estou muito feliz e muito empolgado para correr pela primeira vez."

Toda expectativa depositada no francês tem seu fundamento. Ocon fez quatro anos em monopostos. Na Fórmula Renault, chegou ao pódio logo em sua primeira temporada e foi terceiro na segunda. Na Fórmula 3 Europeia, bateu Max Verstappen na disputa pelo título e, no ano passado, conquistou o campeonato da GP3.

Não demorou para o piloto ser disputado pela Renault e pela Mercedes. Atualmente, Ocon tem um contrato que o vincula à marca alemã e, inclusive, estava disputando o campeonato da DTM, na Alemanha, uma das competições de turismo mais importantes do mundo. Ao mesmo tempo, participava de algumas sessões de treinos livres pela Renault para ganhar experiência e acredita-se que os franceses estejam dispostos a pagar a multa recisória para tê-lo como piloto titular ano que vem. Enquanto isso, a Mercedes aproveitou a proximidade na relação com a Manor, equipe para a qual cede motores e em que já tem outro protegido, Pascal Wehrlein, para colocá-lo no time nas próximas nove etapas.

Mesmo com apenas 19 anos, Ocon já pode ser considerada a maior promessa da França, quarto país com mais vitórias na história da F-1, dos últimos anos. O país subiu ao pódio com Romain Grosjean em algumas oportunidades de 2012 para cá e viveu história semelhante à do novato com Jules Bianchi, que era protegido pela Ferrari, mas morreu em decorrência de acidente sofrido no final de 2014. Porém, não vê sua bandeira no lugar mais alto do pódio desde o GP de Mônaco de 1996, quando Olivier Panis, considerado uma zebra em prova marcada pela chuva, venceu. O último título de um piloto do país, contudo, foi conquistado por Alain Prost em 1993.

Ainda dando seus primeiros passos na Fórmula 1, Ocon não pensa na pressão e foca na preparação para entrar no cockpit a partir dos treinos livres da sexta-feira em Spa-Francorchamps. "Desde o anúncio, estou treinando duro. A preparação não é tão diferente do que estava fazendo para a DTM mas, antes de ir para Spa, vou me encontrar com minha nova equipe para acertar os detalhes do final de semana", explicou.

Os treinos livres da sexta-feira serão disputados a partir das 5h e das 9h pelo horário de Brasília. A terceira sessão será no sábado, 6h, pouco antes da classificação, que começa às 9h. A largada, no domingo, também será às 9h.

UOL Esporte

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