(Foto: Gabriel Heusi, brasil2016.gov.br) |
Uma das modalidades mais “democráticas” dos Jogos Olímpicos, já que pode ser acompanhada sem ingresso, o triatlo tem início nesta quinta-feira (18.08). A largada da prova masculina está marcada para 11h, perto do Forte de Copacabana, onde os competidores vão nadar 1,5 km. Na sequência, pedalam 40 km em oito voltas, que passam por uma desafiadora subida no Cantagalo. A parte final são 10km de corrida em quatro voltas, também em Copacabana.
Por causa da disputa masculina, a Prefeitura do Rio de Janeiro decretou feriado na cidade. A prova feminina está marcada para 11h de sábado (20.08), dia em que o fluxo de trânsito já é naturalmente menor. Considerando os dois naipes, são 110 atletas, com participação recorde de 42 países no triatlo olímpico.
Em Sydney 2000, quando a modalidade foi incluída no programa olímpico, o Brasil conquistou a melhor colocação em Jogos: o 11º de Sandra Soldan. Para o Rio 2016, a expectativa é ter um atleta no top 10. Os competidores serão Diogo Sclebin, no masculino, e Pâmella Oliveira, no feminino.
“A gente acha que a Pâmella vai fazer top 10. O Diogo vai brigar pelo menos por um top 15. A expectativa é maior para a Pâmella. No evento-teste (em agosto do ano passado), ela não estava bem e ficou em 15º, então isso abre uma boa perspectiva”, disse Marco La Porta, diretor técnico da Confederação Brasileira de Triathlon (CBTri).
“É minha segunda edição de Jogos, eu chego com experiência e mais treino, e por ser no Brasil é melhor ainda, a expectativa só aumenta de fazer um bom resultado”, contou Pâmella.
Candidatos ao pódio
Os irmãos britânicos Alistair e Jonathan Brownlee, respectivamente medalhistas de ouro e bronze em Londres 2012, merecem a atenção do público. Alistair é o mais bem sucedido atleta nas provas do Circuito Mundial, com 21 vitórias. Os irmãos são alguns dos poucos que conseguem terminar o percurso de corrida constantemente em menos de 30 minutos.
Prata em Londres 2012 e cinco vezes campeão mundial, o espanhol Javier Gómez Noya está fora da prova devido a um acidente de bicicleta ocorrido em julho, quando fraturou o braço esquerdo. Seus jovens compatriotas Mario Mola, Fernando Alarza e Vicente Hernández, entretanto, prometem uma boa disputa.
No feminino, a norte-americana Gwen Jorgensen, atual bicampeã mundial, é favorita. Entre maio de 2014 e abril de 2016, ele teve a maior sequência de vitórias (12) em etapas do circuito, e tem a corrida como ponto forte. O desafio para as concorrentes é abrir vantagem no mar e na bicicleta.
É bom também ficar de olho na compatriota dela, Katie Zaferes, e nas medalhistas de Londres 2012, a suíça Nicola Spirig (ouro) –que disputa a quarta Olimpíada- e a sueca Lisa Norden (prata). Destaque também para Flora Duffy, de Bermuda, que vem fazendo um 2016 com ótimos resultados e é considerada a mais forte ciclista do circuito feminino, e para as britânicas Non Stanford, excelente corredora, e Helen Jenkings, que foram campeãs mundiais recentemente.
Exímia nadadora e apresentando com um ciclismo que evoluiu muito no último ciclo, a brasileira Pâmella Oliveira conta com o público para dar um incentivo especial, sobretudo no final da prova. “A energia da torcida faz muita diferença pra mim, todo mundo gritando o seu nome, ainda mais na última sessão que é a corrida, porque já estamos bem cansadas, e é minha modalidade mais fraca. Eu cresço bastante com a torcida, consigo tirar aquele algo mais de dentro de mim”, afirmou Pâmella.
Rio 2016
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