Era o fim da quinta rodada do Brasileiro e com a vitória sobre o Atlético-PR, o Internacional assumia a liderança do torneio enchendo a torcida de expectativa. Mal sabiam os aficionados do que viria depois. Nos dez jogos que seguiram, uma campanha só melhor que a do América-MG, lanterna do Brasileirão. E com isso, uma queda drástica na classificação, igualando uma marca negativa de 17 anos.
Nos dez últimos compromissos, o Colorado venceu dois, empatou dois e perdeu seis. Somou oito pontos de 30 possíveis, totalizando 25% de aproveitamento. Rendimento só superior ao do último colocado na classificação, o América-MG, que soma oito pontos e tem 18% de aproveitamento até esta segunda-feira, quando enfrentará o Flamengo.
A trajetória que fez o Colorado despencar da liderança para posições intermediárias na classificação - mais perto da zona de rebaixamento do que do primeiro lugar - começou com derrota para o Vitória. Em seguida, vieram as duas vitórias, contra América-MG, e a última no distante 16 de junho, diante do Atlético-MG. E depois uma série que entra para história do clube como uma das piores já ocorridas.
São oito jogos sem vitória. Empates contra Coritiba e Ponte Preta, e derrotas para Santa Cruz, Palmeiras, Figueirense, Botafogo e Flamengo. Com apenas dois pontos conquistados em 24 disputados, o aproveitamento bate em 8%.
A última vez que o Internacional tinha ficado oito jogos sem vitória no Brasileirão ocorreu em 1999, há 17 anos. A sequência começou com derrota para o Grêmio por 1 a 0, teve derrota para o Vasco por 2 a 0, empate em 0 a 0 contra o Sport, nova derrota para o Santos por 2 a 1, empate com o São Paulo em 2 a 2 (resultado que depois foi alterado pelo STJD com vitória para o Inter), novo empate com o Vitória em 1 a 1, derrota para o Corinthians por 4 a 2 e para o Botafogo-SP por 2 a 1. Três pontos em 24 disputados. Melhor do que a atual, e naquele ano o Inter só escapou do rebaixamento porque venceu o Palmeiras na última rodada por 1 a 0, com gol de Dunga.
Mas neste domingo, o Internacional encontrou uma maneira de ver o copo 'meio cheio'. Saiu na frente, tomou a virada da Ponte Preta, mas empatou no fim do jogo.
"Estamos tentando modificar as coisas, que é jogar com intensidade, dificultar sem a bola, criar com a bola, se aproximar e agir. Agir e acreditar. Estamos trabalhando isso. Tivemos seis treinamentos. Compactação de time é complicada, não é de uma hora para outra. Quero ressaltar a vibração. Se saíssemos daqui com empate em um jogo de 11 contra 11, sem gol aos 50 segundos do segundo tempo, talvez não estivesse valorizando tanto. É muito difícil jogar aqui. Então quero valorizar isso. Mas vamos continuar o trabalho que já começou. Estão começando a acontecer coisas importantes. Estou feliz, mas ainda quero mais", afirmou o técnico Paulo Roberto Falcão.
E os próximos jogos também assustam. No próximo domingo será o Corinthians, e em seguida Cruzeiro, Fluminense, Chapecoense e São Paulo.
Para voltar a vencer, como fez contra a Ponte Preta na antepenúltima rodada do Brasileirão de 1999, evitando o primeiro rebaixamento de sua história, o Internacional conta com o apoio da torcida e quer o fim dos protestos, ocorridos na última semana. "Os jogadores têm trabalhado muito e precisam deste afago", apelou Paulo Roberto Falcão.
UOL Esporte
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