(Foto: Divulgação) |
A Organização Mundial de Saúde (OMS) negou, neste sábado, que há risco de uma epidemia de zika com a realização dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro. O comunicado ocorre um dia depois de especialistas de saúde de diversos países publicaram uma carta na internet sexta-feira pedindo para que a Olimpíada fosse adiada ou retirada do Rio.
Em comunicado, a OMS informa que, apesar de o Brasil estar entre os países com risco de disseminação do vírus, os milhares de turistas previstos terão grande proteção caso adotem práticas já alertadas por entidades de saúde.
“O cancelamento, adiamento, ou retirada do local dos Jogos Olímpicos de 2016 não vão alterar significativamente a propagação internacional do vírus Zika. O Brasil é um dos quase 60 países ou territórios de contágio do Zika por mosquitos. As pessoas continuam a viajar entre estes países e territórios por variadas razões. A melhor maneira de reduzir o risco de doença é seguir conselhos de saúde pública”.
Embora considere viável a realização da Olimpíada no Rio, a Organização Mundial de Saúde faz algumas ressalvas aos turistas:
- Evitar relação sexual durante o período no Rio de Janeiro. Caso apresente algum sintoma da doença, evitar relação sexual pelas próximas 4 semanas.
- Mulheres grávidas devem evitar presença nos Jogos Olímpicos. Estudos mostram que a microcefalia tem relação direta com transformações nas primeiras semanas de gestação ocasionadas pelo vírus Zika.
- Procure moradias com ar-condicionado (evitando janelas e portas abertas)
- Use repelentes.
- Não ingerir água que não seja tratada.
Oposição aos Jogos no Rio
Antes do comunicado da OMS, o grupo contrário aos Jogos no Rio afirmou ter levantado dados científicos que apontariam para o risco da realização da competição no Rio de Janeiro.
O grupo declara que se trata de uma "emergência de saúde pública de interesse internacional" e aponta que outros grandes eventos internacionais já foram transferidos de países. Eles citam como exemplo o fato de Major League Baseball ter tirado partidas de Porto Rico por causa do zika e a Copa Africana de Nações de 2015 ter sido transferida do Marrocos para Guiné Equatorial por causa do Ebola.
"Nossa maior preocupação é com a saúde global e com o risco que estarão expostos os cerca de 500 mil turistas que deverão ir aos Jogos. É anti-ético correr este risco apenas para levar a competição adiante", diz trecho da carta.
UOL Esporte
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