(Foto: Juan Medina/Reuters) |
Apesar de boa parte da decisão ser diferente do que o que os torcedores do Barcelona estão acostumados, a final da Copa do Rei terminou de forma bem conhecida por eles na noite deste domingo. Com um jogador a menos durante mais da metade dos 90 minutos, a equipe comandada por Luis Enrique levou pressão do Sevilla, mas, na prorrogação, quando o rival também já tinha atletas expulsos, Messi brilhou com duas assistências geniais para Jordi Alba marcar o primeiro e Neymar garantir a vitória por 2 a 0 e o bicampeonato dos culés.
Com a conquista, o Barcelona chega ao seu segundo título na temporada, já que no último sábado levantou a taça do Campeonato Espanhol após vencer o Granada por 3 a 0, com três gols do uruguaio Luis Suárez. A grande frustração, no entanto, foi a eliminação nas quartas de final da Liga dos Campeões, quando caiu para o Atlético de Madri, que fará a final no próximo sábado (28) contra o Real Madrid.
Aos seis minutos da prorrogação, em um dos poucos ataques do Barça na decisão, Messi recebeu no meio de campo e enxergou como poucos a passagem de Jordi Alba pela lateral, nas costas do marcador. O camisa 10, então, acertou um lançamento magistral, deixando o lateral esquerdo cara a cara com Serio Rico. Com um tapa, ele bateu cruzado e garantiu o título do clube catalão.
No último minuto, Messi brilhou novamente. Em um passe com muita categoria, ele deixou Neymar na cara do gol, que bateu de chapa, no canto oposto do goleiro, decretando a vitória da equipe comandada por Luis Enrique.
Piqué teve um desempenho espetacular no sistema defensivo do Barça
Em um jogo atípico para o Barcelona, essa deve ter sido a partida em que o sistema defensivo da equipe de Luis Enrique foi mais testado durante toda a temporada. E respondeu com eficiência. Com a expulsão de Mascherano, Mathieu entrou seguro, mas o destaque foi Piqué. O camisa 3 estava inspirado e destruiu praticamente todos os lances ofensivos que o Sevilla tentava construir sobre ele.
Mascherano foi expulso por falta em cima de Gameiro
Em um vacilo da zaga do Barcelona, Mascherano se viu em uma posição complicada correndo atrás de Gameiro em um contra-ataque do Sevilla. O atacante, com mais velocidade, sairia cara a cara com o Ter Stegen, mas o jogador argentino começou a puxar descaradamente a camisa do rival, até derrubá-lo no chão na entrada da área. O árbitro não hesitou, aplicou diretamente o cartão vermelho, o que complicou a atuação do Barça.
Messi teve trabalho para passar pela marcação do Sevilla
Barcelona é Barcelona. E assim foi durante quase todo o primeiro tempo. Com muita posse de bola, a equipe comandada por Luis Enrique dominava as ações, mas sofria para penetrar na zaga do Sevilla e não criava tantas oportunidades de gol como costume. Aos 35min da etapa inicial, Mascherano foi expulso e a situação mudou. O cenário ficou ainda mais complicado quando o treinador espanhol foi obrigado a tirar Suárez, que sentiu um problema muscular. Com Rafinha, o Barça ficou com menos força ofensivo e sofreu com as investidas do Sevilla. As coisas só foram ficar mais equilibradas na prorrogação, depois que Banega foi expulso. Nos últimos minutos, Carriço também recebeu o cartão vermelho e colocou um ponto final no sonho da equipe.
Sevilla: pressão sem efetividade
Depois que Mascherano foi expulso, e Suárez saiu lesionado, o Sevilla tomou conta do jogo, principalmente na etapa final. Com muita posse de bola, os comandados por Unai Emery rondavam a área do Barcelona, pressionavam, mas não conseguiam passar pelo paradão que formavam os jogadores da equipe catalã. As melhores oportunidades saíram dos pés de Gameiro, em jogadas de velocidade, mas sempre parava ou em Piqué, ou em Ter Stegen.
Expulsão poderia não ter acontecido se fosse aplicada nova regra
Mascherano e Banega, com um puxão e outro com carrinho, respectivamente, foram expulsos por fazerem uma falta quando o rival estava em situação clara de gol. "Mas, então, por que polêmica?", você deve estar pensando. O problema é que recentemente a Fifa publicou novas mudanças na regras e, se fossem aplicadas nos lances de hoje, poderiam ter evitado o cartão vermelho para ambos jogadores. Segundo a nova regra, quando um jogador estiver em direção ao gol e sofrer falta, só será expulso se a falta for intencionalmente nele, ignorando a bola. No caso de disputa, haverá apenas cartão amarelo. No entanto, essa nova determinação entrará em vigor obrigatoriamente a partir de 1º de junho de 2017.
UOL Esporte
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