Por que fazer a pole na F-1 em 2016 está longe de ser garantia pra vitória

(Foto: Clive Mason/Getty Images)


É difícil imaginar que, quando os carros entrarem na pista dia 30 de abril para a disputa da classificação para o GP da Rússia, o objetivo, pelo menos daqueles que têm nas mãos os melhores carros, não seja a pole. Porém, a temporada de 2016 tem uma curiosa estatística que pode fazê-los repensar este plano: em nenhuma das três etapas disputadas até agora, o primeiro colocado no grid conseguiu manter a posição do final da primeira volta.

Longe de ser uma maldição, o dado tem uma explicação lógica: as pole positions têm sido revezadas pela dupla de pilotos da Mercedes - e o carro não tem tido grandes largadas, algo que a equipe reconhece ser uma preocupação para o restante do ano.

Na Austrália, Lewis Hamilton largou na pole e viu o terceiro colocado, Sebastian Vettel, pular a sua frente. Ao dividir a curva com o companheiro Nico Rosberg, espalhou, e caiu para sexto ao final da primeira volta.

Na prova seguinte, no Bahrein, novamente Hamilton não saiu bem, perdendo para Rosberg nos primeiros metros e fazendo a primeira curva ao lado de Bottas, que espalhou sua Williams e tocou-se com o inglês, que fechou a volta inicial em sétimo.

O prejuízo, contudo, não foi tão grande para o pole Rosberg na terceira etapa, na China: mesmo não largando bem, o alemão só perdeu uma posição, para Daniel Ricciardo.

Largadas ruins à parte, o fato é que é a primeira vez desde 2002 que uma sequência como esta acontece.

Do lado da Mercedes, o diretor técnico Paddy Lowe afirmou que as largadas ruins são uma combinação de vários fatores, desde o sistema do carro até configurações usadas pelos pilotos no volante. Neste ano, o sistema de largada mudou, com a utilização de apenas uma embreagem, ao invés de duas até o ano passado, o que aumentou a influência do piloto no processo.

Mesmo tendo perdido uma posição nos primeiros metros na China, contudo, Rosberg destacou a melhora do procedimento em seu carro, enquanto Lewis Hamilton, que saiu da última posição em Xangai, acredita que este ponto foi "o único positivo que será possível levar para as próximas etapas", uma vez que teve uma corrida comprometida por um toque na primeira curva e só conseguiu chegar em sétimo.

UOL Esporte

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