(Foto: Divulgação/Cruzeiro) |
Nos dois últimos anos, o Cruzeiro optou por buscar soluções "dentro de casa" nos assuntos relacionados ao futebol. No entanto, o desenrolar dessa preferência não mostrou tanto êxito nas escolhas. No final de semana passado, Deivid foi a mais nova vítima da política que privilegiou nomes que já estavam no clube, mas que não obtiveram desempenhos satisfatórios. Antes disso, o clube ainda passou por meses turbulentos ao descartar a contratação de um diretor de futebol fixo para apostar nos cartolas já presentes na agremiação. Nas duas situações, foi preciso sair ao mercado para tentar resolver o problema.
Nos quase quatro meses que esteve à frente do time, Deivid nunca se firmou de forma definitiva. A principal desconfiança que rodeava o treinador durante sua passagem era sua pouca experiência na carreira ainda curta. Mesmo assim, a diretoria preferiu apostar em seu passado recente como auxiliar e no bom convívio com os jogadores. No final do ano passado, após a saída de Mano Menezes, outros nomes foram até procurados, mas a opção pelo auxiliar técnico, na época, foi vista como melhor solução para continuar o bom trabalho do antecessor. Apesar da boa campanha nos números, o comandante pecou na falta de padrão tático, que somada à ausência de jogadores de qualidade, culminaram em sua demissão após a queda no Mineiro.
Em 2015, outra preferência caseira acabou prejudicando bastante o ano celeste. Sem reencontrar o bom futebol do bicampeonato brasileiro, o clube sofreu com o desmanche e não conseguiu repor à altura. Um dos motivos para isso foi o cargo de diretor de futebol, que após a saída de Alexandre Mattos ficou por meses nas mãos de vários cartolas que desempenhavam tarefas diferentes no clube.
Depois que Mattos foi para o Palmeiras, o presidente Gilvan optou por utilizar aqueles que já estavam no clube. Antes disso, o próprio mandatário dividiu suas funções entre a cadeira principal do clube e a diretoria de futebol. Depois, Valdir Barbosa (hoje no Coritiba e na época gerente de futebol) e Benecy Queiroz (supervisor de futebol e atualmente supervisor administrativo) se revezavam na função. Mas o que se viu desde então foi uma série de incoerências e desencontros de informações dos profissionais que bateram cabeça e apenas escancararam a desorganização do setor. Além de contratações pouco convincentes, como Joel, Riascos, Felipe Seymour, Henrique Dourado e Pará, outras negociações frustradas geraram questionamentos da torcida e do técnico Marcelo Oliveira, que acabou demitido após a eliminação na Libertadores.
No meio do ano, Isaías Tinoco foi indicado por Vanderlei Luxemburgo e assumiu o cargo, mas a passagem relâmpago durou pouco mais de um mês. Somente após uma reformulação no final da temporada, Thiago Scuro assumiu o posto e ainda permanece como diretor de futebol, sendo auxiliado pelo vice-presidente de futebol, Bruno Vicintin. Atualmente, a dupla se movimenta para trazer um novo treinador. A primeira opção do clube é Jorginho, hoje no Vasco. Nesta semana, os diretores foram ao Rio de Janeiro para tentar convencer o técnico a se mudar para Belo Horizonte. Aproveitando a viagem, os cartolas ainda buscam contato com Ricardo Gomes, técnico do Botafogo, e que também está na mira da Raposa.
UOL Esporte
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