Campeão mundial em 2010, vice-campeão olímpico em 2012 e presença frequente na seleção brasileira de vôlei ao longo da última década, Sidão corre contra o tempo para ter condições de jogar em casa a segunda Olimpíada de sua carreira.
Condição técnica, ele tem. Mas a parte física e a falta de ritmo de jogo são empecilhos a pouco menos de cinco meses para o início dos Jogos. E a razão para isso é simples. O central não disputa uma partida desde novembro do ano passado - perdeu toda a fase de classificação da Superliga pelo Sesi - e ainda não sabe se poderá atuar nos playoffs, que estão em andamento. Tudo em decorrência de uma cirurgia feita em um tendão do ombro direito.
Ainda assim, mantém a esperança de estar em quadra no Rio de Janeiro atrás do ouro que não veio em Londres.
"Vou lutar até a morte para conseguir jogar no Rio. Se souber que tenho uma pequena chance, nem que seja 1%, não vou desistir. Meu sonho é ser campeão olímpico e deixei escapar por pouco", afirmou o jogador ao UOL Esporte.
Apesar de não jogar há um bom tempo, Sidão está confiante. Isso porque faz musculação sem sentir nenhum tipo de incômodo e pouco a pouco a vai retomando os treinos com bola, ainda sem contato com os companheiros. Aos poucos, também vai ficando mais forte e recuperando massa muscular após perder sete quilos em decorrência da operação.
"Estou me sentindo bem, comecei a fazer exercícios que geram impacto no ombro e não tive nenhum tipo de problema. Isso me deixa bem tranquilo. O Bernardo está a par de toda a recuperação", disse o jogador fazendo referência ao técnico da seleção.
Esta boa relação com Bernardinho e o respaldo que tem do treinador dão a Sidão a segurança que terá chances de mostrar que poderá ser útil nos Jogos Olímpicos. O jogador de 33 anos conta com a convocação para o período de treinamentos a partir de abril e também para a Liga Mundial, que terá início em 16 de junho.
"Vamos ter muitos amistosos e a Liga Mundial. Isso será muito importante para eu ganhar ritmo e entrosamento. Preciso aproveitar ao máximo esta oportunidade", afirmou Sidão.
"Esta é uma posição na qual a disputa será intensa e estamos muito bem servidos. Tem o Lucão, o Riad, o Isaac, o Éder", previu.
Mais uma Olimpíada ao lado da mulher
Reprodução/Instagram
Sidão e Dani Lins no casamento em dezembro
Não bastasse o desejo pelo ouro olímpico, Sidão quer ter a oportunidade de curtir mais uma Olimpíada ao lado da esposa, a levantadora Dani Lins, com quem se casou em dezembro do ano passado. Eles já moravam juntos há cinco anos.
"Londres foi uma experiência muito gostosa, que marcou a nossa vida. Tínhamos contato direto, falávamos dos jogos. Foi muito bom. E certamente queremos repetir isso no Rio", afirmou.
Para depois da Olimpíada, o casal tem planos de gerar um filho. Mas ainda está avaliando as possibilidades para prejudicar o menos possível a carreira de ambos.
"A Dani tem esta vontade, mas agora não é o momento. Depois da Olimpíada, vamos ver como fica, mesmo porque isso impactará diretamente na vida dela, terá de ficar pelo menos uns nove meses parada. E tem também esta questão do zika vírus", disse Sidão.
UOL Esporte
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