(Foto: Getty Images) |
Fernando Alonso "se salvou por pouco" do assustador acidente que sofreu em Melbourne, na semana passada, durante a primeira corrida da temporada 2016 da F1. E a afirmação veio de quem conversou com o bicampeão logo depois da forte batida, o médico da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), Jürgen Lindemann.
Na 18ª volta da etapa australiana, o espanhol vinha em 13º, quando tentou uma ultrapassagem em cima de Esteban Gutiérrez. Alonso tentou atrasar a freada para ganhar espaço contra o mexicano por fora na entrada da curva 3. Mas Esteban não fez o movimento que Fernando esperava. Aí o pneu dianteiro direito do carro do espanhol tocou o traseiro esquerdo do Haas. O McLaren #14, então, saiu voando, em direção ao muro. Capotou e só foi parar na área de escape, todo destruído.
"Quando um piloto experiente como Alonso é visto nas imagens voando pelos ares e saindo ileso, você pode dizer a si mesmo: 'Este carro é o veículo mais seguro que há'. Mas não podemos esquecer uma coisa: Alonso teve sorte. Ele se salvou por pouco", afirmou Lindemann em entrevista à publicação alemã 'Der Spiegel'.
O médico afirmou ainda que, apesar do piloto ter saído andando do carro e sem qualquer assistência, o choque sobre seu corpo foi enorme. "Eu não estava lá, mas com certeza seu corpo doía muito, os ossos e os músculos também. Leva mais ou menos uma semana para se recuperar de algo assim e depois passa, por regra geral. Os pilotos têm corpos muito bem treinados e elásticos. Eles conseguem aguentar coisas desse tipo. Pessoas normais não encaram algo assim."
Também, para o médico, o fato de o asturiano ter deixado o carro por conta própria foi apenas um "comportamento clássico". "Ele foi bem rápido, para mostrar que estava bem”.
Ainda de acordo com Lindemann, a melhor maneira de superar um choque como o de Alonso é "descansar, relaxar os músculos, comer coisas leves e dormir. E depois voltar a correr o mais rápido possível".
Por fim, o médico ainda afirmou que um impacto tão forte quanto o do piloto da McLaren também provoca um "estresse impressionante na mente". "O piloto vive tudo como se fosse em câmera lenta. Está plenamente consciente de tudo", explicou.
UOL Esporte
Comentários
Postar um comentário
Deixe seu comentário!