A confusão entre policiais militares e membros da Gaviões da Fiel na última quinta em Itaquera começou por causa de um erro de interpretação da PM em relação à punição imposta pela Federação Paulista à torcida. A conclusão é baseada em nota oficial enviada ao blog na última sexta, e assinada pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.
O comunicado diz que a Gaviões “cumpria punição da Federação Paulista de Futebol (FPF) para não portar faixas durante o jogo”. E que “alguns torcedores descumpriram a regra e tentaram estender uma faixa no estádio”. A briga começou quando policiais decidiram retirar da arquibancada membros da organizada que se recusaram a entregar a faixa.
Os escritos protestavam contra a Globo e a falta de transparência na prestação de contas da arena corintiana. Acontece que a punição imposta pela FPF diz que por 60 dias, a partir de 27 de janeiro, a Gaviões da Fiel está proibida de entrar nos estádios com “objetos (faixas, bandeiras, instrumentos musicais) que identifiquem” a torcida.
As faixas exibidas, porém, não identificavam a Gaviões. Ou seja, de acordo com a resposta oficial da PM via Secretaria de Segurança Pública, os policiais equivocadamente entenderam que a punição impede qualquer tipo de faixa (o que poderia ser considerado um abuso contra a liberdade de expressão).
Existe ainda outra versão, dada à Folha de S.Paulo pelo major Luiz Gonzaga. Ele afirmou que a PM agiu baseada no Estatuto do Torcedor. A regra a qual o policial se refere veta cartazes, bandeiras ou outros sinais com mensagens ofensivas, inclusive de caráter racista ou xenófobo. Assim, de acordo com o que declarou o major ao jornal, a polícia só pode ter entendido como ofensivo a torcida dizer que o Corinthians não é quintal da Globo e/ou perguntar onde estão as contas relativas à construção do estádio.
Opinião
A PM cometeu um erro grosseiro ao tentar retirar a faixa. Além disso, se no entender da PM nenhum tipo de faixa da Gaviões poderia entrar, houve também falha na revista. Como ocorreu na final da Copa São Paulo, jogo em que a torcida entrou com sinalizadores e acabou punida.
Nos dois casos, a Polícia Militar precisa ser cobrada por seus erros. Ela não faz um favor aos clubes e aos torcedores trabalhando nos estádios. A corporação recebe para estar lá. No jogo entre Corinthians e Capivariano, na noite do episódio das faixas, recebeu R$ 56.951,96, que foram descontados da arrecadação da partida.
O Corinthians, que pagou a conta, deveria cobrar da PM explicações. Não se trata de defender a organizada, mas de exigir qualidade na prestação do serviço pelo qual paga. Afinal, se a confusão tivesse maior proporção, o Corinthians poderia ser punido como mandante da partida.
Abaixo veja a nota assinada pela Secretaria de Segurança Pública na íntegra e a resolução da FPF punindo a Gaviões:
O comunicado diz que a Gaviões “cumpria punição da Federação Paulista de Futebol (FPF) para não portar faixas durante o jogo”. E que “alguns torcedores descumpriram a regra e tentaram estender uma faixa no estádio”. A briga começou quando policiais decidiram retirar da arquibancada membros da organizada que se recusaram a entregar a faixa.
Os escritos protestavam contra a Globo e a falta de transparência na prestação de contas da arena corintiana. Acontece que a punição imposta pela FPF diz que por 60 dias, a partir de 27 de janeiro, a Gaviões da Fiel está proibida de entrar nos estádios com “objetos (faixas, bandeiras, instrumentos musicais) que identifiquem” a torcida.
As faixas exibidas, porém, não identificavam a Gaviões. Ou seja, de acordo com a resposta oficial da PM via Secretaria de Segurança Pública, os policiais equivocadamente entenderam que a punição impede qualquer tipo de faixa (o que poderia ser considerado um abuso contra a liberdade de expressão).
Existe ainda outra versão, dada à Folha de S.Paulo pelo major Luiz Gonzaga. Ele afirmou que a PM agiu baseada no Estatuto do Torcedor. A regra a qual o policial se refere veta cartazes, bandeiras ou outros sinais com mensagens ofensivas, inclusive de caráter racista ou xenófobo. Assim, de acordo com o que declarou o major ao jornal, a polícia só pode ter entendido como ofensivo a torcida dizer que o Corinthians não é quintal da Globo e/ou perguntar onde estão as contas relativas à construção do estádio.
Opinião
A PM cometeu um erro grosseiro ao tentar retirar a faixa. Além disso, se no entender da PM nenhum tipo de faixa da Gaviões poderia entrar, houve também falha na revista. Como ocorreu na final da Copa São Paulo, jogo em que a torcida entrou com sinalizadores e acabou punida.
Nos dois casos, a Polícia Militar precisa ser cobrada por seus erros. Ela não faz um favor aos clubes e aos torcedores trabalhando nos estádios. A corporação recebe para estar lá. No jogo entre Corinthians e Capivariano, na noite do episódio das faixas, recebeu R$ 56.951,96, que foram descontados da arrecadação da partida.
O Corinthians, que pagou a conta, deveria cobrar da PM explicações. Não se trata de defender a organizada, mas de exigir qualidade na prestação do serviço pelo qual paga. Afinal, se a confusão tivesse maior proporção, o Corinthians poderia ser punido como mandante da partida.
Abaixo veja a nota assinada pela Secretaria de Segurança Pública na íntegra e a resolução da FPF punindo a Gaviões:
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